Na década do 60 o progresso e a diversificação, geraram mais diversidade e desenvolvimento, o país integrou-se. Essa integração do território se fez ao redor da capital.
Brasília era o pólo geográfico mais não tiveram em conta que São Paulo era o pólo econômico? Em torno a São Paulo se organizavam as novas indústrias e se ampliaram ao eixe São Paulo- Rio, onde muitas se instalaram.
Alguns setores emergiam desse cenário com capacidade de produção superior e o mercado interno não era capaz de absorver tudo.
A própria estrutura financeira do país, na qual predominavam os bancos comerciais de crédito a curto prazo, não estava preparada para atender às demandas de financiamento exigidas pelo setor industrial.
Apesar das dificuldades que se anunciavam, a modernização avançava.
Desde a metade da década de 60 até o começo da década de 70, predominavam os índices econômicos positivos. Isso facilitava para o governo a tarefa de justificar as medidas antidemocráticas, coincidentemente, a vitória na Copa de 1970 dava ao brasileiro a certeza de que “ninguém segura este país”.
As medidas da época foram drásticas, flexibilizou-se a economia dando maior apoio às empresas privadas, os contratos do pessoal tiveram mais liberdade, porém, os trabalhadores tiveram menos.
O Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, um crescimento acelerado da indústria que gerou empregos e aumentou a renda de muitos trabalhadores. Tiveram, porém, no país industrializado mais ampliação da concentração da renda.
O milagro económico esteve ligado aos investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país.
Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi, mas, o crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro.
Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
Como a industrialização ocorreu, principalmente, no eixo Rio-São Paulo e atraiu para essa região a imigração interna dos mais pobres do país, principalmente o Sertão Nordestino, procurando emprego, multiplicaram se as favelas, concentraram-se os pobres, a mão de obra excedia às vagas de empregos e baixavam os salários. Os trabalhadores perderam poder adquisitivo e empobreciam, manifestavam seu descontento originando violência social que foi contida pela força militar.
A teoria? "fazer crescer o bolo, para dividir depois".
Começou a crise do petróleo e a recessão mundial, os fatos interferiram na economia no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuíram.
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/livro50anos/Livro_Anos_60.PDF
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