A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, inaugurou nesta sexta-feira 29 de Julho, a nova sede da embaixada de seu país em Brasília (cidade fundada em 1960).
Com a inauguração do novo edifício, a Argentina tem pela primera vez uma embaixada própria em Brasília.
Nos tempos em que o Rio de Janeiro era a capital, a embaixada estava situada no Palácio Guinle, uma imponente mansão de dois andares com uma esplêndida vista para o Pão de Açúcar.
O palacete havia sido adquirido pelo Governo argentino no início do século XX, mas com a mudança da capital para Brasília foi vendido e depois demolido para dar lugar ao Centro Empresarial Rio, um conjunto de dois edifícios batizados como Argentina e Nove de Julho em referência à antiga embaixada.
A nova sede diplomática de Brasília foi construída em um terreno de 2,5 hectares que o Governo brasileiro cedeu em 1968, oito anos depois da inauguração da capital.
No entanto, a decisão sobre a construção da embaixada foi tomada somente em 2004 pelo então presidente da Argentina Néstor Kirchner, falecido no ano passado e cuja viúva e Presidente Argentina, inaugurou nesta sexta-feira.
O edifício, de dois andares, tem uma área construída de quatro mil metros quadrados e sua fachada principal está coberta parcialmente por uma colunata de 20 grandes pilares em um amplo pátio central que inclui um grande espelho de água, necessário para combater a baixíssima umidade do ar de Brasília.
“Esta obra faz parte do legado que o presidente Kirchner e o presidente Lula deixaram para o Brasil e Argentina. Um legado em que nós mudamos o conceito das relações entre os nossos países. Estabelecemos a cooperação, o entendimento, a ação conjunta como regra, afastando todas as antigas e necessariamente indevidas propostas que afastavam o Brasil da Argentina”, disse Dilma.
Quebrando o protocolo de chefes de Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou e, ao lado de Dilma e Cristina Kirchner, disse:
“Faço parte de uma geração que tem que agradecer a Deus todos os dias, porque não era imaginável, há pouco tempo atrás, que as duas maiores democracias da América do Sul fossem presididas por duas mulheres. Não porque são mulheres. Porque são mulheres especiais, militantes políticas, são políticas que têm lado, que sabem para quem estão governando. E sabem que as duas juntas terão mais força do que Kirchner e eu tivemos. As duas, no G-20, vão mudar um pouco a política mundial”
Lula disse ainda que os governos de Dilma e Cristina serão melhores se comparados ao governos dele e de Néstor Kirchner. “Argentina e Brasil não querem ser melhores do que ninguém, não querem ser maiores do que ninguém, mas acho que essas duas mulheres irão deixar Kirchner e eu bem pequenos na história da Argentina e do Brasil.”
Cristina Kirchner
Em seu discurso a presidente argentina se emocionou ao lembrar do marido morto em outubro de 2010.
“Creio que há outra vida,senão não poderia continuar vivendo. Mas tenho que seguri em frente com a responsabilidade de presidente do meu país. Creio que o que vale a pena é o que podemos fazer por nosso país para que haja mais inclusão, menos pobreza”, disse a presidente argentina.
Lula e Kirchner foram responsáveis por revitalizar o Mercosul, quando o bloco estava desacreditado e defendeu a inclusão de mais países sul-americanos no grupo.
(Lula e Néstor) “Eles ressuscitaram o Mercosul e o fizeram maior e mais forte”, disse Cristina.
Baseado em Internet
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