sábado, 15 de enero de 2011

O Brasil e a sua economia. Período da cana-de-açúcar, a pecuária, a mineração.

Economia até 1822 (Independência do Brasil)
Diferentes foram os ciclos da economia no Brasil, mas em cada um deles se beneficiou um setor social em prejuízo dos outros provocando mudanças sociais, culturais e populacionais.
Falei da formação das favelas, reforçarei a tese que compartilharem muitos setores populares.
Os povos emigram pela necessidade de sobreviver às condições impostas pelo clima, pela economia... Todos os imigrantes procuraram melhores condições, para suas famílias e para si próprio.
Modo de produção escravista:
Não começarei pelo pau-brasil pelo afastado no tempo. Falarei da cana-de-açúcar trazida em 1502 por Américo Vespúcio. Esta plantação dava lucro à coroa e concretizou a colonização utilizando a mão de obra escrava, indígena e negra. Falei em outras notas das compras dos escravos, suas ânsias de liberdade e o tratamento dado a eles pelos donos, falei também sobre comportamento indígena. Não vou abundar nesse tema.
Os portugueses tinham poucos recursos, resolveram se aliar aos holandeses, eles financiaram a implantação e em troca, ficaram com a comercialização. Seu objetivo, produzir o máximo ao menor custo possível. Surgiram os grandes engenhos, os latifúndios, baseados em monocultura da cana-de-açúcar. Os outros cultivos só se faziam para a subsistência.
O melhor solo para a produção era o de nordeste pelo argiloso. Foi onde os engenhos mais se desarrolharam. Os latifundiários, os mais beneficiados. Na capela se abençoava a espoliação.
Os escravos que moravam na casa grande tinham benefícios que os outros nem imaginavam.
Muito bem plasmado por Jean Baptiste Debret entre outros
Para observarem a diferença.
Tem diferença no trato aos escravos. A todos faziam sofrer, mas ainda no sofrimento, alguns tinham melhor trato.

A sociedade com modo de produção escravista marcou os inícios da economia brasileira, atividade que gerou um setor chamado de tráfico negreiro interrompido em 1850 com a Lei Eusébio de Queirós. Nas postagens anteriores há detalhes.
Pecuária
Pela necessidade da produção, o povoamento foi se estendendo ao interior e o gado foi empurrado para o interior junto com a cana, buscando solos favoráveis. O rio da integração foi o Rio São Francisco, as fazendas se instalavam ao longe de seu curso o gado chegava desde a Bahia até os Estados do Pìauí e Maranhão, assim se ocuparam o Sul do Estado do Maranhão.
A pecuária se relacionou com a cana-de-açúcar dentro do mesmo sistema econômico.
Paralelamente desde 1709 começou o Ciclo da mineração .
Ao redor de 1700 foram achadas as pedras preciosas e os metais valiosos, nas áreas que depois seriam Mina Gerais e Mato Grosso o que provocou um afluxo populacional vindo de Portugal e de outras áreas da colônia intensificando o comércio entre diferentes vilas e cidades, ocasionando os primeiros conflitos de interesses entre setores do poder. Surgiram as primeiras legislações e as primeiras oposições pela resistência mineira. Surgiu também o contrabando das pedras preciosas e, para evitarem a proibição da extração por cinco anos.
Entre 1740 e 1770 perto de dois milhões quilates foram extraídos, levando a queda do preço internacional. Regulou-se a extração, este regulamento durou até depois da independência do Brasil (1822).
A economia até 1822, de subsistência y voltada à exportação de matérias-primas, cana-de-açúcar, pedras preciosas e metais. A sociedade escravista. As manifestações de desconformidade dos trabalhadores eram as fugidas e a criação dos espaços de liberdade chamados de Quilombos. Muitas vezes pagavam com a morte essas manifestações, outras com castigos inumanos. .
No início do século XIX o café atingiu alto valor no mercado europeu. Aproveitando essa oportunidade, em 1830 já era o produto mais exportado pelo Brasil, desbancando o ouro e o açúcar. O Brasil tinha um incipiente comércio.

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