jueves, 31 de marzo de 2011

31 de março 1964-2011 Aniversário do Golpe Militar

Sem esquecimento, sem perdão, sem temor

Selecionado do artigo de Valter Pomar (membro do Diretório Nacional do PT)
"O golpe de 1964 foi executado por uma coalizão cívico-militar. Os militares foram o partido armado do grande empresariado, do latifúndio e dos capitais estrangeiros.
Não é apenas passado, nem foi só obra de generais hoje aposentados e mortos. Quando um deputado diz ter saudade da ditadura, quando um candidato presidencial se alia a generais de pijama e a organizações de ultra-direita, quando um ditador é homenageado por uma turma de formandos de uma escola militar, quando um ministro diz que a Anistia impede a justiça de apreciar crimes contra a humanidade, não estamos diante de saudosismos inconsequentes. Estamos vendo e ouvindo uma parte da elite brasileira dizer o seguinte: quebramos a legalidade e algum dia poderemos voltar a quebrar"
….......
O golpe de 1964 foi a resposta dada por uma parte da elite brasileira, contra um governo progressista. Foi uma das batalhas da guerra travada, ao longo de todo o século XX, entre as vias conservadora e progressista de desenvolvimento do capitalismo brasileiro.
….....
E que ninguém ache que golpes são coisas do passado. Honduras, bem como as tentativas feitas no Equador e Venezuela, Bolivia e Paraguai, mostram que os Estados Unidos e parte expressiva das elites locais têm uma visão totalmente instrumental da democracia. E o reacionarismo atual de parte das chamadas classes médias não deixada nada a dever frente aquele que mobilizou, em 1964, as marchas com Deus, pela Família e pela Propriedade que possibilitaram o derrocamento do governo democrático.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17629

martes, 29 de marzo de 2011

Os golpes de Estado na América Latina

Os golpes de Estado em América Latina foram gestados em tempo anterior, no enquadramento da “Guerra Fria”, entre os Estados Unidos da América e a União Soviética.
Se bem o início da guerra fria data de 1947, as tensões entre as duas potências marcou a América Latina onde começaram movimentos populares e depois enfrentamentos.
O punto de início pode se marcar na “Revolução Cubana” em 1959 que inspirou os movimentos que buscavam mediante a guerra de guerrilhas instalar governos socialistas na região. Não esquecer que no Vietnã, na Argélia em outros lares usaram também esse método.
A força que tinham tomado os movimentos guerrilheiros, as mobilizações populares em protesto pela situação econômica que empiorava no dia a dia, inspiraram aos Estados Unidos o “Plano de contra-insurgência”, eles viam ameaçada a hegemonia na região.
Miles de policiais e militares foram trenados na “Escola das Américas” para fazer tarefas anti-guerrilheiras. No plano incluiu também o apoio a governos militares que ofereciam “mais controle e mão de ferro”.
Nas décadas de 60 e 70 tinham ditaduras:
O Chile, a Argentina, o Uruguai, o Brasil, o Paraguai, a Bolívia, a Venezuela, a Honduras, intervenções no Salvador, no Haiti, na Panamá, na Colômbia.
Recorreram a utilizar métodos sangrentos e pouco legais para derrocar aos governos e instalar ditaduras e até um novo vocabulário popular, apoiaram-se no “ordem”, na “família” e sobretudo nas direitas locais.
E seguirei com o Brasil...

miércoles, 23 de marzo de 2011

Jânio da Silva Quadros. João Goulart (1961-1964)

A constante imigração interna pelas diferenças nas condições de vida regionais e os bolsões de miséria fizeram que nas eleições o general Henrique Teixeira Lott, candidato de Juscelino, fora derrotado.
Jânio da Silva Quadros ganhara as eleições com o símbolo de uma vassoura para “varrer a corrupção”, ele assumiu em janeiro de 1961. Herdou um alto índice de inflação uma dúvida externa de quase 4 bilhões de dólares.
Os esforços seriam extraordinários, modificou a política cambial retirando subsídios para as importações do trigo, combustíveis e outros artículos essenciais. Congelou os salários. A política teve o aval do FMI. O Brasil conseguiu um novo empréstimo.
As empresas de pequeno e médio porte estavam seriamente afetadas, entretanto, os trabalhadores protestavam por os aumentos do pão e do transporte provocados pelo retiro dos subsídios.
Os mesmos que o votaram se manifestavam nos protestos.
Na política exterior tentou ser independente buscou se relacionar com os países do mundo socialista e manifestou-se contra o bloqueio a Cuba e contra o colonialismo na África.
O objetivo era ampliar os mercados para aumentar as exportações.
Jânio mostrava assim as contradições.
Os Estados Unidos sentiram-se agredidos pelas relações com países socialistas principalmente com Cuba e o líder da Revolução Cubana, o argentino Ernesto “Che” Guevara”, era condecorado no Brasil.
A oposição anuncia que Jânio dará um golpe, então ele apresenta a renuncia.
Ele esperava que não seja aceita? A renúncia foi aceita e ninguém se mobilizou em seu favor.

A renúncia de Jânio deixou ao país à beira do caos e de uma guerra civil, entanto, o governo vivia uma crise de representação. A Constituição indicava que o sucessor era o vice-presidente, embora, a oposição opunha-se. Greves, insubordinação nos quartéis, centenas de prisões se sucediam, então, o Congresso adotou o Parlamentarismo e o vice-presidente João Goulart chamado de "Jango" aceitou a posse com sistema parlamentarista e assumiu o 7 de setembro de 1961. Ele seria chefiado pelo primeiro ministro.
João Goulart, assumiu a presidência num clima político tenso. Seu governo foi marcado pela abertura às organizações sociais, enquanto, a economia deteriorava-se rapidamente. A sociedade passava por dificuldades.
A reposta foi a conhecida, congelar salários, limitar os créditos, conter os gastos públicos. Medidas antipopulares que prejudicavam aos trabalhadores e garantia os lucros dos empresários e mais uma vez foi eliminado o subsídio ao trigo e ao petróleo e o custo de vida disparou.
Goulart com apoio do Congresso e a classe operária conseguiu um plebiscito onde se votou pela volta ao presidencialismo mas se entrou num círculo: greves, aumento salarial, mais inflação, e iniciavam outra vez as greves.
Decretou a nacionalização das refinarias de petróleo e assinou a reforma agrária, as camadas populares o apoiaram, mas a direita, apoiada pelos militares preparava o golpe.
Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço no cenário político brasileiro, preocupando às classes conservadoras. Empresários, banqueiros, a Igreja Católica, militares e a classe média que, em plena Guerra Fria, acusaram a Goulart de estar planejando um golpe esquerdista e de ser o responsável pelos problemas que o Brasil enfrentava na época.
Os movimentos populares apoiavam incondicionalmente a proposta presidencial enquanto uma passeata anticomunista em São Paulo, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, onde participaram umas 300 mil pessoas contra as intenções de João Goulart, indicava que o final estava perto.
O país estava ameaçado pela crise econômica e política, entanto, Jango perdia a sustentação política e só era contradições e incertezas.
A crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia.
Membros das Forças Armadas, com o apoio estratégico norte-americano, e as elites nacionais orquestrando desde o jornal “O Estado de S Paulo” começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart
No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas.
Evitando uma guerra civil, Jango deixou o país, refugiando-se no Uruguai.
Os militares finalmente tomaram o poder

A vida de João Goulart



http://www.brasilescola.com/historiab/golpe-militar.htm
História do Brasil. Francisco de Assis Silva

sábado, 19 de marzo de 2011

Juscelino Kubitschek de Oliveira

Seu apelido foram suas iniciais JK
Nasceu o 12 de setembro de 1902 e morreu em um acidente pouco claro, ao bater seu carro, o 22 de agosto de 1976.

Juscelino Kubitschek (1956-1961)

O vice-presidente, Café Filho, que assumiu a presidência depois do suicídio de Vargas foi cercado por forças conservadoras. Em 1955 venceu nas eleições o candidato da coligação PTB-PSD Juscelino Kubitschek e o vice-presidente foi Goulart, as forças getulistas estavam vivas. Mais as forças derrotadas antigetulistas tentariam impedir a posse dos eleitos falando que tinham tido apoio dos comunistas e de pessoas de baixa condição social. O general legalista Henrique Teixeira Lott deu um contragolpe, entregou-se a presidência ao presidente do Senado que deu posse aos eleitos em janeiro de 1956.
A pesar das ameaças no princípio de seu governo Juscelino Kubitschec logrou terminar seu mandato. Teve capacidade para manobrar as diferentes forças políticas e evitar a confrontação. Conseguiu que as forças armadas tivessem um lugar de destaque no Estado, ocupando altos postos no Conselho Nacional do Petróleo, em Petrobrás, etc. Não fizeram mudanças significativas na área trabalhista, teve uma política industrialista e de crédito fácil. Tinha controle dos sindicatos e conseguiu o apoio da classe operária. As greves ocorriam porque o aumento dos salários não alcançava ao aumento do custo de vida, o crescimento das rendas não era igual para os empresários e para os setores populares. As classes médias estavam satisfeitas por conseguir bens de consumo. Os intelectuais tiveram lugar em esclarecer à opinião pública. Por ter maioria no Congresso Nacional as leis eram aprovadas.
O governo foi de relativa liberdade política e sem persecuções.

“50 anos em 5”
O extraordinário crescimento industrial foi o responsável da estabilidade política. A Revolução Industrial, se consolidou entrando capital estrangeiro e desnacionalizando a economia. Conseguiram-se recursos privados para as indústrias básicas e empréstimos estrangeiros para o qual adotaram uma política cambial que favorecia esse tipo de investimentos. As empresas locais se associaram às estrangeiras.
Novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobrás na economia brasileira.
O “Plano de Metas” abarcou Transporte, Energia, Indústria, Educação e Alimentação. A meta-síntese foi a construção de BRASÍLIA confiada ao arquiteto Oscar Niemeyer e ao urbanista Lúcio Costa.
Em 1959 resolveu romper com o FMI para não conter os salários com a inflação de 31 % anua, e não pôr fim aos subsídios do petróleo e trigo. A medida foi celebrada com manifestações de apoio.
Nesse período também houve uma grande produção cultural na literatura, nas artes plásticas, nas cênicas, no cinema, na música popular.
O país entrou numa nova era.
A constante imigração interna pelas diferenças regionais e os bolsões de miséria fizeram que nas eleições o candidato de Juscelino, o general Henrique Teixeira Lott, fora derrotado. Ganhara as eleições com o símbolo de uma vassoura para “varrer a corrupção”Jânio da Silva Quadros.







Brasília
Catedral ........................................... A Ponte Juscelino Kubitschek (Ponte JK)

Música: “Chega de Saudade” por João Gilberto (Bossa Nova)

sábado, 12 de marzo de 2011

O retorno de Vargas 1951-1954

O retorno de Vargas, em 1951, simbolizava o retorno do populismo e do trabalhismo, enquanto a dependência dos Estados Unidos o dificultava. Sem romper com o capital estrangeiro assumiu o nacionalismo econômico, associando os dois capitais. Foi estimulada a industrialização favorecida pela política cambial que favorecia a importação de matérias primas e desfavorecia a importação de bens de consumo.
A criação de PETROBRÁS foi a grande obra do nacionalismo político-econômico de Vargas, fundada o 3 de outubro de 1953.
Em 1951 enviou ao Congresso um projeto de lei que estabelecia o monopólio estatal sobre a perfuração e o refino do petróleo a través da empresa de capital misto com maioria de ações estatais. Esse projeto gerou polêmica entre os populistas e a oposição, apoiados abertamente pelo governo norte-americano.
Um movimento envolveu o espírito nacionalista de setores da sociedade. Finalmente em 1953 foi sancionada a lei. Nos três primeiros anos produziu três vezes mais que desde o ano 1939 que foi o primeiro poço.
A concequença foi uma campanha de difamação e tensões sociais. Getúlio denunciava os excessivos lucros, acusara de fraudarem o faturamento.
As reações do Banco Mundial e dos Estados Unidos de América não se fizeram esperar. Negaram novos empréstimos, o Brasil perdia credibilidade. Provocaram inflação alta, o custo de vida tinha proporções insuportáveis. As tensões sociais eram cada vez maiores, os operários se agitaram e os dirigentes não conseguiram parar a greve.
O ano 1954 começou com protestos dos trabalhadores.
A maioria da imprensa, os partidos de direita, os militares antigetulistas lançaram a idéia que o salário seria duplo, se agitaram os oficiais jovens que tinham baixos salários e não seriam aumentados.
Goulart, o ministro, teve que anunciar esse aumento e Getúlio o demitiu. Goulart era o alvo dos antigetulistas e sem ele, começaram as pressões ao governo.
Vargas foi acusado de ladrão, corrupto e de ter feito um pacto com os governos da Argentina e do Chile em contra dos Estados Unidos de América.
Um atentado pus em perigo a vida de um líder da oposição e morrera seu acompanhante. Uma pessoa do palácio esteve envolvida (Gregório Fortunato), exigiram a renúncia de Vargas quem tenta contemporizar mais os militares se mostraram intransigente.
Getulio se suicidou de um tiro no coração, deixando uma carta testamento.
O suicídio levou massas às ruas em violentos protestos, a polícia era impotente, os golpistas foram obrigados a retroceder.
Salvou-se o populismo e assumiu o vice-presidente Café Filho. Em 1955 venceu nas eleições o candidato da coligação PTB-PSD Juscelino Kubitschec e o vice-presidente foi Goulart, as forças getulistas estavam vivas.

Imagem da campanha o petróleo é nosso. Getulio vargas

jueves, 10 de marzo de 2011

1945-1950. O retorno de Vargas

Depois da derrubada de Getulio, o poder foi entregue a José Linhares quem alterou o código eleitoral e as eleições seriam só para presidente da República. O Congresso Nacional se transformaria em Assembléia Constituinte.
O Brasil pertenceu aos aliados junto à Rússia comunista, as forças conservadoras foram obrigadas a aceitar essa realidade pela conjuntura mundial, e por primeira e única vez o partido Comunista apresentou candidato próprio surgido por acordo.
As mesmas forças que derrubaram a Getúlio que representaram as elites proprietárias, eram as que mudaram em “forças democratas”.
Nas eleições vencera Eurico Gaspar Dutra, com apoio de Getúlio Vargas que mandara votar em ele ao PTB. Obteve mais de 55% dos votos.
Getúlio que se candidatara a deputado em cinco estados e a senador por dois ganhara em todos.
Promulgaram a nova Constituição que conservava a antiga estrutura da propriedade da terra e buscava manter a classe operária sob controle. Assegurava o direito à greve, mas limitado pela Justiça do Trabalho.
A política de esta Constituição era de liberalismo econômico, ingressaram muitos bens manufaturados do exterior o que foi desastroso para o país. Entraram maquinários, equipamentos, entanto as exportações eram dificultadas pelo valor do cruzeiro. O achatamento salarial, a inflação, a interferência do Banco Mundial foram uma constante. A economia começou a depender dos Estados Unidos de América.
Foi consumida toda a reserva de ouro acumulada na época de Vargas.
O governo que tinha tido o apoio das forças trabalhistas, assentava-se nas elites que não admitiam a crescente participação dos trabalhadores, a massa trabalhadora buscava autonomia do Estado. Os conflitos começaram.
O crescimento do eleitorado urbano e operário promovia o fortalecimento dos partidos de tendências populistas.
O PTB liderado por Getúlio e o Partido Social Progressista (PSP) liderado por Ademar de Barros tinham o grosso das forças, se uniram e foi eleito Getúlio em 1950 com quase o 49 % dos votos.
A imprensa começara uma campanha difamatória liderada pelos candidatos não trabalhistas que queriam impedir a posse de Vargas.
Vargas fez alianças (com a UDN) que o debilitaram porque defendiam a desnacionalização vinculando a economia com empresas estrangeiras, enquanto ele dizia defender o “capitalismo nacional”.
O retorno de Vargas simbolizava o retorno do populismo e do trabalhismo, conforme a dependência dos Estados Unidos o fizer possível.
Sem romper com o capital estrangeiro assumiu o nacionalismo econômico, associando os dois capitais.
Foi estimulada a industrialização e protegida pela política cambial. Favorecia-se a importação de matérias primas e desfavorecia-se a importação de bens de consumo.

Fotografia: Pierre Verger, Bahia Navegantes 1949
Imagem: Carybé, Capoeira

martes, 8 de marzo de 2011

Ciclo do Petróleo na era Vargas

O petróleo, em razão de ser usado como combustível, possui uma grande relevância para a vida, Quando o Brasil alcançou a auto-suficiência se liberou da dependência dos países vendedores, principalmente de Oriente Meio.
Nos tempos do regime imperial já se registrara a existência do petróleo, mais foi em 1930 com base em relatos do povo que se teve a informação de que em um bairro suburbano de Salvador as pessoas utilizavam uma “lama preta” como combustível de suas lamparinas.
Realizaram testes e experimentos mais não tinham dinheiro para investirem na descoberta e na extração do recurso encontrado.
Em 1932 se entregou ao presidente Getúlio Vargas um laudo técnico que atestava o achado e uma série de medidas institucionais do governo brasileiro para protegerem a descoberta.
Em 1938, a discussão sobre os recursos do subsolo brasileiro viabilizou a criação do Conselho Nacional do Petróleo que determinou várias diretrizes com respeito ao petróleo e determinou que as jazidas pertencessem à União.
No ano seguinte, o primeiro poço de petróleo foi encontrado no bairro de Lobato. Em seguida, se buscaram outros campos de petróleo ao longo do território.
No ano de 1941, o governo brasileiro anunciou o estabelecimento do campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia. As descobertas foram em pequena escala Anos depois se incentivará essa descoberta.

Imagem: Poços petrolíferos.
http://www.brasilescola.com/

sábado, 5 de marzo de 2011

Estado Novo 1937-1945

A Constituição outorgada por Getulio foi chamada de Polaca por alguns historiadores por seu conteúdo mesclando elementos europeus. Nela se suprimia as autonomias dos estados e o governo tinha o poder de dissolver o Congresso, as Assembléias, substituir governadores, nomear interventores, controlar as Forças Armadas e concentrar o poder.
Desapareciam as liberdades individuais e as garantias constitucionais. Pelo estado de emergência o governo podia invadir até domicílios.
Com a política econômica começou uma nova dinâmica de acumulação de capital: A INDUSTRIALIZAÇÃO e com a política de valorização do café evitou o desemprego em massa.
O Movimento Integrista planejou um golpe que foi rechaçado e contribuiu a reforçar o governo de Vargas.
No Estado Novo se exaltaram todas as atribuições da etapa anterior.

Imagem: Mãe brincando com seu bebê. Carybé.

A situação mundial era de conflitos sociais e radicalização ideológica, de ditaduras assassinas de direitas e de esquerdas. Na União Soviética a ditadura de Stalin, na Alemanha, a de Hitler.
No Brasil, os Sindicatos se transformaram praticamente em um órgão do governo; foi criado o imposto sindical pagado por todos os trabalhadores e se consolidaram as Leis do Trabalho regulando os relacionamentos entre patrões e trabalhadores. Exaltaram-se os sentimentos nacionais (muito característico na arte e a literatura), seu objetivo foi o desenvolvimento social e econômico em um quadro de independência externa e fortalecimento do Estado. O ingresso ao funcionarismo só seria possível por concurso.
O apoio se buscava através da educação, se divulgava a cultura brasileira por escritos especiais. Nas escolas se estimulavam valores como a nacionalidade, o vigor físico, o trabalho, a moralidade. Cinema, rádios, livros, arte, tudo era utilizado para esses fins. Tiveram um órgão responsável pela censura e pela propaganda... Muitos intelectuais estavam alinhados nas mesmas idéias, outros emigraram. Os comunistas foram perseguidos, os livros opositores queimados.
A pesar do “autoritarismo” a produtividade intelectual não foi eclipsada.

Em 1941 Estados Unidos de América entrara na guerra, para eles a participação do Brasil era fundamental ao lado dos aliados. O Brasil era apropriado para a instalação de bases militares por seu vasto litoral estratégico.
Vargas tardou em se definir, era consciente que o Brasil não viveria sem os Estados Unidos, tinha contraído empréstimos e, em troca tinha assinado que eles poderiam instalar bases. Finalmente o Brasil declarou a guerra e em junho de 1944 começou a participar ativamente com forças.
O país lutava também pela democratização.
Várias passeatas de estudantes exigiam a democratização apoiados por uma parte dos militares. Os advogados polemizavam publicamente por meio de sua organização. Os fazendeiros, banqueiros, políticos assinaram um Manifesto. Figuras importantes das forças Armadas começaram a fazer pressão. Em 1945, no Primeiro Congresso Brasileiro, os Escritores lançaram um manifesto.
Vargas fixou data para eleições por pressão externa, principalmente de Estados Unidos de América. Concedeu anistia política e se organizaram os partidos políticos.
Surgiu o partido governista composto principalmente pela elite rural, trabalhadores e sindicalistas, o Partido dos Trabalhistas Brasileiros (PTB) um partido de massas. Outro partido político favorável à continuação de Vargas no governo, foi o conhecido como Queremismo.
Crio se um golpe apoiado pelas forças de direita e os militares que obrigou a Vargas a renunciar o 29 de outubro de 1945.
Foi o fim do Estado Novo.

Saiba mais sobre a Segunda Guera Mundial. Falam os protagonistas no documentário “Senta a Pua” dirigido por Erik de Castro feito em 2000.
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2010/10/guerra.html

miércoles, 2 de marzo de 2011

Revisão do Marco político-histórico para o enquadramento da economia. Ascensão de Getulio Vargas.

Período 1930-1937
Na República Oligárquica, a sociedade brasileira estava submetida a um sistema político que impedia a participação. As perdas pela queda do preço do café eram “socializadas”, a inflação tornava instável o dia a dia. A economia estava estruturada como agroexportadora ainda tinha crescido a indústria, principalmente durante a Primeira Guerra Mundial, e tinham surgido grandes fábricas com muitos operários.
As oligarquias dominantes manipulavam os votos rurais,
As contradições com os interesses dos operários gestados na industrialização fizeram que começaram as reclamações. O custo de vida era muito alto e alguns convidavam ao povo a saquear o comercio explorador.
As classes médias urbanas ainda com falta de unidade ideológica, compunham uma força que se opunham ao governo oligárquico, ainda não fossem revolucionárias contribuíram como força de pressão e com visão mais crítica, desgastaram o regime.
Tudo estava preparado para a Revolução de 1930.
As eleições foram fraudulentas. No Rio Grande do Sul que tinha entrado no cenário político nacional, foi onde estourou a revolução.
Os militares tentaram manter-se no governo mais sob pressão foram obrigados a entregá-lo a Getulio Vargas.
A ascensão de Getulio foi com apoio da burguesia industrial que tinha interesses diferentes à cafeeira pondo fim à hegemonia delas.
Para essa nova oligarquia era imprescindível que o Estado acabasse com as lutas dos trabalhadores, assim imprimeram as caraterísticas ao novo governo.

Caraterísticas do governo de Getulio Vargas

Em 1934 se promulgou uma constituição, ressalto uns artículos:
O estado tinha direito a monopolizar determinadas indústrias.
Nacionalização progressiva dos bancos, dos depósitos e das empresas de seguros.
Nacionalização das águas e das riquezas minerais.
Jornada de trabalho de oito horas.
Descanso semanal obrigatório e remunerado.
Férias remuneradas.
Assistência e licença remunerada às gestantes.
Proibição de trabalho aos menores de quatorze anos.
Indenização por dispensa sem causa justa.
Garantia da independência dos sindicatos.
Voto segredo.
O governo virou personalista, nacionalista, populista, com personificação mítica de Getulio, efectiva participação das massas e soberania do Estado sobre o conjunto da sociedade.

Imagem:
Operários (1933)

Tarsila do Amaral (Capivari, São Paulo, 1886-São Paulo, 1973)