viernes, 23 de diciembre de 2011

Cesária Évora (27 de agosto de 1941 - 17 de dezembro de 2011)

Cesária Évora morreu neste sábado aos 70 anos no hospital Baptista de Sousa, na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, sua terra natal, por "insuficiência cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada". Estava doente há já vários meses e tinha já terminado a carreira, a 23 de setembro de 2011 para regressar a S. Vicente no dia 22 de outubro devido a seu problema de saúde.
Quando jovem foi viver com sua avó, que havia sido educada por freiras, e assim acabou passando por uma experiência que a ensinou a desconsiderar a moralidade excessivamente severa.
Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a "Rainha da Morna" pelos seus fãs.
Deixou de cantar para sustentar sua família durante dez anos e teve de lutar contra o alcoolismo.
Évora voltou a cantar, atuando em Portugal. Em Cabo Verde, um francês chamado José da Silva persuadiu-a a ir para Paris e lá acabou por gravar um novo álbum em 1988 “A diva dos pés descalços” - que é como se apresentava nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum "Miss Perfumado" em 1992.
Desde então fixou residência na capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2004 conquistou um prémio Grammy. O presidente francês, Nicolás Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa.
Em Setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a sua editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um ponto final na sua longa carreira.

martes, 13 de diciembre de 2011

Relógio de contagem regressiva das obras do Castelão será inaugurado nesta quarta

O compromisso do Governo do Estado do Ceará de concluir as obras do Estádio Plácido Aderaldo Castelo – Castelão em dezembro de 2012 vai ganhar um marco. Um grande relógio foi instalado
na área externa do canteiro de obras para registrar os dias que faltam para a conclusão do projeto.
O relógio será inaugurado nesta quarta-feira (14), às 9 horas. Antes da solenidade, membros que integram o Comitê de Acompanhamento das Ações Relativas à Copa do Mundo da FIFA 2014 (CapCopa) da Assembleia Legislativa, visitarão as obras.
Segundo o secretário Ferrucio Feitosa, a ideia de instalar o relógio na área externa do canteiro de obras é mais alternativa para que toda a população possa acompanhar o ritmo da obra. “Não tenho conhecimento de que alguma obra pública tenha definido uma data para término visível ao público. Esse momento marca mais uma vez uma das grandes características do Governo do Estado, sempre com a transparência de suas ações e o compromisso com o povo cearense”, destaca.
A visita dos membros do CapCopa ao Castelão foi resultado de um convite feito pelo secretário especial da Copa 2014, Ferruccio Feitosa, na última quinta-feira (08), durante sua participação na
reunião do Comitê. “Fico extremamente feliz com a ida dos membros do Comitê ao Estádio Castelão para verem e atestarem o quanto as obras estão avançadas”, destaca Ferruccio Feitosa.
O projeto de reforma, ampliação e modernização do Castelão é o mais adiantado entre todos os estádios que vão receber jogos da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. O Castelão foi o primeiro a alcançar a marca de ter metade da obra concluída e um
mês antes do previsto. De acordo com o último relatório de execução da obra elaborado pelo Consórcio Construtor do dia 30 de novembro, o projeto já atingiu 50,09% de execução e possui duas das quatro etapas finalizadas.
O relógio digital tem 3,33m de altura por 3,00m de largura. A contagem regressiva começa a partir de 382 dias para a entrega da Arena Castelão. A estrutura fica localizada na área externa do estádio, na entrada da etapa II, com acesso pela avenida Paulino Rocha. O presidente da Arena, empresa que vai ser responsável para gerenciar o Castelão durante oito anos, Danilo Prado, diz que o relógio também vai servir para motivar os próprios trabalhadores da obra. “Vai servir de estímulo para os funcionários que também ficam numa expectativa de entregar esse grande projeto”, diz.

http://www.ceara.gov.br/component/content/article/4854/4854

sábado, 10 de diciembre de 2011

Presidenta Dilma Rousseff acompanha posse de Cristina Kirchner, reeleita presidenta da Argentina

A presidenta Dilma Rousseff acompanhou hoje (10) a posse da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, reeleita em outubro para o segundo mandato. No plenário do Congresso Nacional, Cristina Kirchner fez o juramento constitucional e o discurso à Nação em que lembrou as palavras proferidas há quatro anos, quando assumiu a Presidência da Argentina pela primeira vez.
Na ocasião, Cristina Kirchner pediu avanços nos julgamentos das violações de direitos humanos ocorridas no país. Reeleita, renovou o apelo pela conclusão dos julgamentos para que o país possa “virar uma página tão trágica de sua história”.
Na Casa Rosada, sede do governo argentina, a presidenta reeleita recebe os cumprimentos dos chefes de Estado presentes à posse, entre eles, a presidenta Dilma Rousseff.

Integração regional - O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. Em 2010, o intercâmbio bilateral chegou a US$ 33 bilhões, sendo mais de 80% formado por bens industrializados. De janeiro a novembro de 2011, o volume do comércio cresceu 23,5% em relação ao mesmo período de 2010 e chegou a US$ 36,5 bilhões, o que já garante a 2011 o recorde da série histórica do comércio bilateral.
De acordo com o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, Brasil e Argentina devem aprofundar a integração regional para enfrentar a crise internacional que afeta os países desenvolvidos. Segundo ele, os dois países pretendem adotar medidas para aumentar a produção regional, inclusive dentro do acordo automotivo bilateral. O assunto foi discutido na reunião bilateral entre as presidentas Dilma e Cristina Kirchner em Caracas, na Venezuela.
A ideia é reverter o “processo histórico de desnacionalização” das indústrias de auto-peças, aumentar a produção de conteúdo regional e apostar na criação de um polo de exportação de peças para montadoras de outros países. Do contrário, afirmou Marco Aurélio Garcia, Brasil e Argentina ficarão “condenados a apenas montar carros”.
“Nós precisamos aprofundar a nossa integração. Essa é uma das formas, inclusive, pelas quais os dois países vão enfrentar a crise internacional. O que nós não podemos admitir é que a retração dos mercados dos países desenvolvidos encontre uma solução aqui. Efetivamente, nós temos que criar medidas concretas, não de protecionismo, mas de proteção dos nossos mercados. E isso só se faz com ênface cada vez maior numa produção local e regional”

http://blog.planalto.gov.br/
Sábado, 10 de dezembro de 2011 às 14:29   (Última atualização: 10/12/2011 às 15:16:52)

lunes, 5 de diciembre de 2011

Argentina e Brasil querem aumentar integração bilateral

02 de dezembro de 2011
MARINA GUIMARÃES, CORRESPONDENTE - Agencia Estado

BUENOS AIRES -
O Brasil e a Argentina manifestaram desejo de aprofundar a integração bilateral com o objetivo de preservar suas indústrias e os postos de trabalho, segundo informou a ministra de Indústria da Argentina, Débora Giorgi, por meio de nota distribuída à imprensa. Após a reunião entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, realizada em Caracas nesta sexta-feira, a ministra afirmou que "no contexto internacional, no qual o crescimento dos países desenvolvidos despenca, a premissa das presidentes foi articular e aprofundar a integração argentina brasileira para preservar o emprego e a produção bilateral".
"Estamos trabalhando no aprofundamento do processo de integração produtiva entre ambos os países, não só das pequenas e médias empresas das cadeias nas quais já temos participação bilateral para agregar valor, como também nas quais onde ainda existe o desafio de começar a integrar", disse Giorgi. A ministra defendeu "a inclusão de todos os setores relacionados à mão-de-obra intensiva, como calçados, têxtil, automotivo, autopeças, maquinaria agrícola, e outros".
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,argentina-e-brasil-querem-aumentar-integracao-bilateral,94608,0.htm

lunes, 28 de noviembre de 2011

Você sabia? O Brasil e a Argentina poderão construir, em parceria, um novo radiotelescópio, capaz de realizar pesquisas em todas as áreas da astronomia.

10/08/2011 — eco4u
O Brasil – Argentina no maior projeto astronômico da atualidade:
Poderão construir, em parceria, um novo radiotelescópio capaz de realizar pesquisas em todas as áreas da astronomia, além de estimular a cooperação dos cientistas dos dois países com o maior projeto astronômico em curso no mundo.


O tema foi debatido por dois dias consecutivos, na sede da FAPESP em São Paulo, durante o Workshop Llama. No evento, encerrado nesta terça-feira (9/8), representantes da comunidade científica ligada à astronomia defenderam a construção do Long Latin American Millimeter Array (Llama). Durante o workshop, o professor Jacques Lépine, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), apresentou a palestra “Ciência e Tecnologia com o Llama”. Segundo Lépine, o evento teve o objetivo de evidenciar que o projeto tem alta demanda na comunidade científica e que poderá trazer importantes resultados científicos em várias áreas da astronomia, além de aumentar a competitividade dos pesquisadores brasileiros e argentinos em relação à participação no projeto internacional Atacama Large Millimeter Array (Alma), que está sendo construído no Chile.

“O Alma é o maior projeto astronômico da atualidade, financiado pela União Europeia, Estados Unidos e Japão. A intenção é que o Llama fique a 200 quilômetros do Alma. Com isso, poderemos fazer interferometria entre os dois projetos – isto é, utilizá-los em rede a fim de obter maior resolução”, disse à Agência FAPESP.

De acordo com Lépine, o Llama terá uma antena de 12 metros de diâmetro instalada em território argentino, com orçamento inicial estimado em US$ 20 milhões. Já o Alma, cuja construção está prevista para o fim de 2013, consiste em um conjunto de 66 antenas de 12 metros espalhadas em uma área de cerca de 15 quilômetros no norte do deserto do Atacama, no Chile. O orçamento é de US$ 1,4 bilhão. Ambos os projetos serão instalados a cerca de 5 mil metros de altitude.

“Cada vez que o Alma fizer uma descoberta científica de grande interesse – e certamente serão muitas, no maior projeto astronômico da atualidade –, os pesquisadores poderão achar interessante fazer uma observação com uma resolução angular melhor. E o Llama vai estar lá para isso”, disse Lépine.

O Llama permitirá estudos em praticamente todas as áreas da astronomia, como estudos sobre o Sol e o sistema solar, a evolução das estrelas, o meio interestelar e as galáxias distantes. O Alma, que tem os mesmos objetivos científicos, deverá especialmente fornecer novas imagens do nascimento de estrelas, da formação de sistemas planetários e dados sobre as primeiras galáxias do universo.

“Haverá muita competição para a utilização do Alma e, com o Llama, os cientistas sul-americanos terão mais poder de barganha para conseguir aumentar seu tempo de utilização. Com um investimento de US$ 20 milhões, poderemos aumentar muito nossa participação em um grande projeto global de US$ 1,4 bilhão”, destacou Lépine.

A afirmação foi reiterada pelo diretor do Alma, Thij de Graauw , também presente no workshop. “O Llama seria sem dúvida a melhor oportunidade possível para que os pesquisadores brasileiros e argentinos possam participar das pesquisas no Alma”, afirmou.

Segundo Lépine, as bandas iniciais de operação do Alma serão de 84 a 116 gigahertz, de 221 a 275 gigahertz, de 275 a 373 gigahertz e de 602 a 720 gigahertz. O Llama deverá começar a operar na banda de 31 a 45 gigahertz.

“Os dados obtidos no Llama poderão ser refinados com o Alma, cujos pesquisadores também poderão utilizar o Llama para conseguir uma resolução angular melhor a fim de estudar detalhes sobre determinada descoberta”, disse.

Outra vantagem do Llama, segundo Lépine, é que ele será a semente de uma rede de radiotelescópios. “A longo prazo, o Alma vai exigir a instalação de antenas em vários países da região. O Llama poderá servir como o início de uma integração científica e tecnológica regional”, afirmou.

Fonte: Agência FAPESP
https://eco4u.wordpress.com/2011/08/10/radiotelescopios-em-rede-cooperacao-brasil-argentina-no-maior-projeto-astronomico-da-atualidade/




Saiba mais:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=radiotelescopio-llama

viernes, 23 de septiembre de 2011

A Indústria do Petróleo e o Meio Ambiente. Parte 3

Mozart Schmitt de Queiroz
Secretário Geral do Sindipetro-RJ e dirigente da FUP
Artigo apresentado no II Forum Ambiental Pro-Rio, em 2001

Análises de catástrofes mostram que elas poderiam ter sido evitadas

Por trás dos erros fica claramente a impressão que os empresários dessa indústria – ainda que estatais – trabalham de olho grande nos lucros e muito pouco investem em prevenir os riscos inerentes a esta atividade e que são sobejamente conhecidos.
Espanta a obviedade das soluções que evitariam grandes acidentes nesta indústria. E não foram evitados por que? A pressa em produzir, a busca de recordes de produção a qualquer custo e o olhar direcionado para os enormes lucros. Além disso a progressiva redução de pessoal que deveriam cuidar dessa prevenção, agrava os problemas já existentes.
A empresa vem desconsiderando os alertas técnicos apontados nesta direção.

1. A terceirização e a precarização no trabalho em uma indústria de ponta

A política de terceirização levada a cabo pela Petrobrás, levou a uma precarização da relação de trabalho, a uma redução do nível de qualificação e de treinamento da mão de obra contratada e a um aumento dos acidentes de trabalho.
Grande parte dos acidentes com perda de tempo e mesmo acidentes fatais, vem ocorrendo nas instalações da Petrobrás com trabalhadores terceirizados. Os números da própria empresa demonstram claramente este fato. Além disso, existe uma relação de trabalho desigual e injusta quando comparados aos efetivos próprios da empresa, em relação aos direitos sociais, estes trabalhadores não recebem orientação, treinamento e material de proteção adequado às suas funções.
A terceirização virou um grande balcão de negócios, sem limites contratuais nítidos em relação às obrigações que devem ter estas empresas prestadoras para com os contratados. O descumprimento da legislação é fragrante, das Normas Regulamentadoras no que tange a proteção, exames de saúde e instalação de CIPAS ao não recolhimento de FGTS e contribuições previdenciárias.
A empresa ao adotar esta política de não realizar concursos para suprir seus efetivos de pessoa, apostou errado que reduziria custos com a terceirização, no entanto jurisprudência existe sobre a responsabilidade solidária quando de acidentes com perdas materiais ou de vida de trabalhadores contratados no interior de suas instalações e a Petrobrás tem sido obrigada a desembolsar por conta disso.

2. A legislação não é respeitada

A organização do Estado é responsável pela aplicação da legislação que cada país tem. E esta legislação, na área de higiene e segurança industrial é fruto de grandes discussões e acordos internacionais, da qual o Brasil é signatário, como as convenções da Organização Internacional do Trabalho. Assim, seria de se esperar que os organismos de Estado fossem os primeiros a respeitar essa legislação e dar o exemplo de seu cumprimento à risca.
Não é isso o que ocorre com a indústria do Petróleo no Brasil, a despeito de ser essencialmente estatal. Plataformas de petróleo foram instaladas na Bacia de Campos e postas em operação sem que tenham havido as audiências públicas precedendo a concessão das Licenças de Operação, conforme previsto na Legislação. A Petrobrás descarta muitos efluentes sem o necessário enquadramento nos limites estabelecidos em resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama.
Assim, a impressão que fica é que, por conta dos impostos, royalties , empregos, etc que uma unidade da Petrobrás pode gerar para a localidade em que se instala e para o país, tacitamente os demais órgãos públicos não cobram dela o cumprimento da legislação na execução de seus projetos. E como a Petrobras não é cobrada, os seus gerentes pouco investem no sentido de fazer cumprir o que estabelece essa legislação.
Infelizmente, esta seqüência de falhas e omissões acabaria por levar a um grande acidente e tragédia ambiental nos últimos dois anos, agredindo o ecossistema de um dos principais pontos turísticos do planeta e a fonte de renda de milhares de famílias na Baia da Guanabara. Só a partir daí, do que a empresa chamou de fatalidade, é que a Petrobrás passou a anunciar um plano que, aparentemente, significa uma radical mudança de posição gerencial em relação a segurança no trabalho e ao meio ambiente.
Foi esse mesmo grande acidente que explicitou a conivência dos órgãos ambientais para com a agressão ao meio ambiente. No calor do debate, com a imprensa publicando tudo, multas foram aplicadas, reuniões com empresas poluidoras promovidas por órgãos ambientais, foram realizadas. Aparentemente as licenças de operação e a mudança de conduta passaram a ser cobradas.
Mas tudo isso demonstrou uma vez mais, que até então esses órgãos pareciam desconhecer que havia risco na indústria do Petróleo e que muitas unidades operavam sem licença ambiental. Explicitou também que até então esses órgãos pouco estavam cobrando em termos de atuação preventiva e de cumprimento da lei de outras indústrias agressivas situadas no entorno da Baia da Guanabara.

Lei e tecnologia apropriada existem e devem ser respeitadas

A indústria do petróleo sempre enfrentou, com sucesso, inúmeros desafios tecnológicos. E a Petrobrás, por exemplo, já conquistou dois prêmios internacionais pela liderança mundial da tecnologia de produção de petróleo em águas profundas. E os méritos destas conquistas cabem aos técnicos de seu Centro de Pesquisas e de seu Serviço de Engenharia e, também, tem que ser dito, ao corpo gerencial que desde a fundação da Petrobrás entendeu que uma empresa como esta precisaria de fortes investimentos financeiros e humanos no desenvolvimento tecnológico.
Por outro lado, inúmeros estudiosos do direito ambiental são categóricos ao afirmar que o Brasil possui uma das mais rigorosas legislações ambientais do mundo. Apesar dos vetos presidenciais, a Lei dos Crimes Ambientais e a Lei das Águas se constituem em modernos e eficientes instrumentos jurídicos para coibir a agressão ao meio ambiente. Existem, ainda, desde a década de 80, várias resoluções do Conama que, se aplicadas, evitariam inúmeras agressões ao meio ambiente que são praticadas com regularidade pela indústria do Petróleo. E o mérito desta legislação deve-se a atuação de organizações sociais e ambientalistas junto ao legislativo, mas também a todo o Poder Legislativo que já compreendeu a importância de se preservar o Meio Ambiente.
Se há capacidade tecnológica para resolver problemas e se há uma legislação no Brasil que permite coibir a agressão ao meio ambiente, só há uma explicação para a continuidade das agressões ambientais, praticada por este (bem como outros) ramos industriais no Brasil: o respeito e a preservação do meio ambiente, na realidade, ainda não são elementos decisivos na política de desenvolvimento das atividades econômicas no Brasil.

(continua)

sábado, 17 de septiembre de 2011

A Indústria do Petróleo e o Meio Ambiente. Parte 2

Mozart Schmitt de Queiroz
Secretário Geral do Sindipetro-RJ e dirigente da FUP
Artigo apresentado no II Forum Ambiental Pro-Rio, em 2001

Agressões ao meio ambiente ocorrem em todas as etapas dessa indústria...

1. Na exploração
Na simples exploração de possíveis campos de petróleo já são utilizadas explosões com dinamites. Alguém pode imaginar os efeitos sobre a fauna exposta a esses eventos?
No processo de perfuração de poços são descartadas lamas oleosas. Nas instalações de produção há sempre riscos de derramamentos, de incêndios e, normalmente são descartados rejeitos com enormes potenciais de agressão à natureza como as águas de produção, em geral com alta salinidade e que são descartadas ainda contendo significavas massas de óleo.

2. No transporte
Nos vários meios de transporte de óleo dos campos de produção até as unidades de refino, há também enormes riscos envolvidos tais como derramamentos e incêndios seja em transporte por água, dutos, ferrovias ou rodovias. Exemplos lamentavelmente fazem parte da nossa memória. O caso do Exxom Baldez é apenas o maior em termos de agressão à natureza. A explosão em gasodutos subterrâneos em uma cidade mexicana há alguns anos talvez seja o maior em vítimas humanas. Mas, para ficar no Brasil, lembremos da Vila Socó (SP), com suas centenas de mortes.
Ao lembrarmos que os grandes centros consumidores de petróleo de maneira geral situam-se distantes dos grandes pólos produtores, com facilidade iremos perceber que todos esses riscos estão presentes e se multiplicam ao longo de todas as milhas percorridas pelo petróleo em sua viagem de seu sítio de origem até as refinarias.

3. Na indústria do refino
Quando o petróleo chega em uma refinaria se inicia uma nova etapa que se caracteriza por elevados riscos à saúde e de agressão à natureza: a indústria do refino é das mais intensivas na utilização de dois insumos caros à humanidade; água e energia. E a água que utiliza, ao menos no Brasil, ainda é descartada contendo grande quantidade de óleo, além de outras matérias orgânicas e metais. A grande imprensa costuma noticiar que a indústria do Petróleo é a maior poluidora da Baía da Guanabara por exemplo. E têm razão para esta assertiva.
Por serem grandes consumidoras de energia, e em geral serem auto-suficientes neste insumo, as refinarias são grande consumidoras de petróleo e seus derivados, constituindo-se, portanto, em grandes agressoras da atmosfera.

4. Nos distribuidores finais

Mas depois das refinarias, os produtos ainda têm que chegar aos distribuidores finais. E aí há mais uma "viagem" a ser feita em caminhões, muitas vezes por estradas em péssimas condições, atravessando vilas sem nenhum tipo de cuidado para evitar acidentes. E eles vêm ocorrendo. Lembremo-nos do trem descarrilado e incendiando em Pojuca (Ba). Quantos caminhões já tombaram com produtos inflamáveis por nossas estradas?

5. Na última etapa de comercialização

Mas os problemas não param no transporte. É na última etapa de comercialização que os riscos aumentam e se multiplicam. Por serem dispersos e pequenos, é que passam despercebidos, mesmo pelos órgãos de fiscalização ambiental.
• Quantos depósitos de pontos de comercialização de gás de cozinha operam neste país sem os mínimos cuidados com segurança?
• Quantos postos de gasolina operam com tanques vazando, e com descarte de produtos derramados – ou usados – diretamente para as redes de esgotos pluviais?
• Quantos frentistas operam respirando hidrocarbonetos e, portanto, se expondo diretamente a agentes cancerígenos nos mais de 25 mil postos brasileiros?.
Obviamente que todos os potenciais de riscos podem ser minimizados com a tecnologia já desenvolvida pela indústria do petróleo e o cumprimento da legislação já existente. No entanto, a impressão que passa é que a humanidade, obcecada pelas emoções e facilidades que os produtos do "ouro negro" lhe propícia, pouco se dedica a evitar suas desastrosas conseqüências. O estilo de vida na sociedade de consumo hoje é caracterizado por atitudes individuais, individualismo muito em voga, como a opção pelo transporte por automóvel, 25 vezes mais poluente do que os veículos de transporte coletivo.
(continuará)

A Indústria do Petróleo e o Meio Ambiente

Mozart Schmitt de Queiroz
Secretário Geral do Sindipetro-RJ e dirigente da FUP
Artigo apresentado no II Forum Ambiental Pro-Rio, em 2001

Parte 1
Ao se discorrer sobre este tema necessariamente deve-se refletir sobre o modelo de desenvolvimento que impulsionou o crescimento industrial das sociedades capitalistas no século XX.
Ao iniciar um novo milênio, todos os esforços para buscar uma equação para a redução da emissão de poluentes na atmosfera, como a dos níveis de dióxido de carbono proposto pelo Protocolo de Kyoto, esbarram na resistência dos países industrializados e no voto contrário a ratificação do governo americano. Bush não somente mantém a posição já conhecida dos EUA, como também propõe a flexibilização das leis ambientais para incentivar o aumento da geração de energia elétrica. Tais posturas fazem parte de um cortejo movido e cinismo e manutenção de um ciclo de dominação econômica, que se perpetua voltado para os interesses dos grandes grupos industriais.
Este modelo tem levado às últimas conseqüências a lógica do lucro, pouco importando-se com a saúde e a segurança dos trabalhadores e da população ou com as conseqüências para o meio ambiente e, com as condições de vida no Planeta para as gerações futuras. E é sobre estes fatos que refletiremos neste artigo.
Uma indústria poluidora e de alto risco
Têm razão os que apelidaram o petróleo de "ouro negro". Suas propriedades fisico-químicas viabilizaram o transporte individual em altas velocidades. Conseqüentemente viabilizaram duas das indústrias mundiais mais rentáveis do século XX: a indústria do petróleo e a indústria automobilística. Ambas se alimentam e são interdependentes.
Consumir petróleo e seus derivados significa devolver para a atmosfera, sob a forma de gases e poeiras, uma massa enorme de carbono e outros elementos como enxofre e nitrogênio, que foram retirados desse meio há milhões de anos. Estima-se hoje que o planeta esteja consumindo cerca de 100 milhões de barris equivalentes de petróleo por dia. Essa massa de petróleo e gás é quase toda queimada, transformando-se basicamente em gás carbônico. É uma massa de carbono sem precedentes na história, jogado artificialmente na atmosfera.
Mas essa massa de gás jogada na atmosfera é apenas um dos fatores de agressão à natureza, promovido pela indústria do Petróleo. As agressões ocorrem em todas as etapas dessa indústria...
(continuará)

viernes, 5 de agosto de 2011

Localização da camada Pré-sal

Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal, será necessário ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2.000m, uma camada de 1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal. É um processo complexo e que demanda tempo e dinheiro.
O petróleo encontrado nesta área engloba três bacias sedimentares (Santos, Campos e Espírito Santo), a capacidade estimulada da reserva pode proporcionar ao Brasil a condição de exportador de petróleo. Confirmada a hipótese, o governo brasileiro analisará a possibilidade de solicitar a adesão do país à OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Vários campos e poços de petróleo e gás natural já foram descobertos na camada pré-sal, entre eles estão o Tupi, Guará, Bem te vi, Carioca, Júpiter e Iara. Tupi é o principal campo de petróleo descoberto, tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.
De acordo com a atual Lei do Petróleo, as áreas de exploração serão leiloadas entre diversas empresas nacionais e estrangeiras. As que derem o maior lance poderão procurar óleo por tempo determinado.
Conforme Haroldo Borges Rodrigues Lima, diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as descobertas do pré-sal irão triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris.
Segundo a Petrobras, o início da produção em larga escala está previsto para 2013 ou 2014.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

O petróleo no período 2003 – 2007 Descoberta da camada pré-sal

Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período da atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo passou a suprir mais de 90% da demanda por esta fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da autossuficiência permitiu o desenvolvimento da economia e o aumento das vagas de emprego.
No ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada pré-sal. Essas reservas de petróleo são encontradas a sete mil metros de profundidade e apresentam imensos poços de petróleo em excelente estado de conservação. Se as estimativas estiverem corretas, essa nova frente de exploração será capaz de dobrar o volume de produção de óleo e gás combustível do Brasil.
A descoberta do pré-sal ainda instiga várias indagações que somente serão respondidas na medida em que esse novo campo de exploração for devidamente conhecido. Até lá, espera-se que o governo brasileiro tenha condições de traçar as políticas que definam a exploração dessa nova fonte de energia. Enquanto isso, são várias as especulações sobre como a exploração da camada pré-sal poderá modificar a economia e a sociedade brasileira.
Pré-sal é o nome dado às reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. É o óleo (petróleo) descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. É uma camada de aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo.
A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da Petrobras acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia suficiente para a realização de pesquisas mais avançadas.

http://www.brasilescola.com/brasil/historia-do-petroleo-no-brasil.htm

O petróleo no período 1941-2003

No ano de 1941, o governo brasileiro anunciou o estabelecimento do campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia.
Apesar das descobertas em pequena escala, o surgimento dessa nova riqueza incentivou, em 1953, a oficialização do monopólio estatal sobre a atividade petrolífera e a criação da empresa estatal “Petróleo Brasileiro S.A.”, mais conhecida como Petrobrás.
Na década de 1960, novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobrás na economia brasileira. No ano de 1968, a empresa passou a desenvolver um projeto de extração iniciando a exploração de petróleo em águas profundas. Após as primeiras descobertas, outras prospecções ampliaram significativamente a produção petrolífera brasileira. Em 1974, ocorreu a descoberta de poços na Bacia de Campos, a maior reserva de petróleo do país.
Com o passar do tempo, o Brasil se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas e ultraprofundas.
Em 1997, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a extinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também pudessem competir na atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza.

http://www.brasilescola.com/brasil/historia-do-petroleo-no-brasil.htm

lunes, 1 de agosto de 2011

29 de Julio de 2011. Cristina Kirchner inaugura embaixada argentina em Brasília

A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, inaugurou nesta sexta-feira 29 de Julho, a nova sede da embaixada de seu país em Brasília (cidade fundada em 1960).
Com a inauguração do novo edifício, a Argentina tem pela primera vez uma embaixada própria em Brasília.
Nos tempos em que o Rio de Janeiro era a capital, a embaixada estava situada no Palácio Guinle, uma imponente mansão de dois andares com uma esplêndida vista para o Pão de Açúcar.
O palacete havia sido adquirido pelo Governo argentino no início do século XX, mas com a mudança da capital para Brasília foi vendido e depois demolido para dar lugar ao Centro Empresarial Rio, um conjunto de dois edifícios batizados como Argentina e Nove de Julho em referência à antiga embaixada.
A nova sede diplomática de Brasília foi construída em um terreno de 2,5 hectares que o Governo brasileiro cedeu em 1968, oito anos depois da inauguração da capital.
No entanto, a decisão sobre a construção da embaixada foi tomada somente em 2004 pelo então presidente da Argentina Néstor Kirchner, falecido no ano passado e cuja viúva e Presidente Argentina, inaugurou nesta sexta-feira.
O edifício, de dois andares, tem uma área construída de quatro mil metros quadrados e sua fachada principal está coberta parcialmente por uma colunata de 20 grandes pilares em um amplo pátio central que inclui um grande espelho de água, necessário para combater a baixíssima umidade do ar de Brasília.
“Esta obra faz parte do legado que o presidente Kirchner e o presidente Lula deixaram para o Brasil e Argentina. Um legado em que nós mudamos o conceito das relações entre os nossos países. Estabelecemos a cooperação, o entendimento, a ação conjunta como regra, afastando todas as antigas e necessariamente indevidas propostas que afastavam o Brasil da Argentina”, disse Dilma.
Quebrando o protocolo de chefes de Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou e, ao lado de Dilma e Cristina Kirchner, disse:
“Faço parte de uma geração que tem que agradecer a Deus todos os dias, porque não era imaginável, há pouco tempo atrás, que as duas maiores democracias da América do Sul fossem presididas por duas mulheres. Não porque são mulheres. Porque são mulheres especiais, militantes políticas, são políticas que têm lado, que sabem para quem estão governando. E sabem que as duas juntas terão mais força do que Kirchner e eu tivemos. As duas, no G-20, vão mudar um pouco a política mundial”
Lula disse ainda que os governos de Dilma e Cristina serão melhores se comparados ao governos dele e de Néstor Kirchner. “Argentina e Brasil não querem ser melhores do que ninguém, não querem ser maiores do que ninguém, mas acho que essas duas mulheres irão deixar Kirchner e eu bem pequenos na história da Argentina e do Brasil.”
Cristina Kirchner
Em seu discurso a presidente argentina se emocionou ao lembrar do marido morto em outubro de 2010.
“Creio que há outra vida,senão não poderia continuar vivendo. Mas tenho que seguri em frente com a responsabilidade de presidente do meu país. Creio que o que vale a pena é o que podemos fazer por nosso país para que haja mais inclusão, menos pobreza”, disse a presidente argentina.
Lula e Kirchner foram responsáveis por revitalizar o Mercosul, quando o bloco estava desacreditado e defendeu a inclusão de mais países sul-americanos no grupo.
(Lula e Néstor) “Eles ressuscitaram o Mercosul e o fizeram maior e mais forte”, disse Cristina.
Baseado em Internet

lunes, 23 de mayo de 2011

A democracia: 1985 - 1990 José Sarney

O povo do Brasil tinha frustração pela manutenção das eleições indiretas, ainda assim tinham expectativas na chegada do civil Tancredo Neves ao posto presidencial. Tancredo faleceu antes de ser empossado. Em seu lugar recebeu a faixa presidencial o vice-presidente José Sarney. Surgiram fortes desconfianças porque Sarney integrava uma tradicional ala de políticos nordestinos que colaboraram com o regime militar, e que, posteriormente, se filiaram aos partidos de tendência mais conservadora.
O novo presidente teria uma difícil missão ao tentar reconstruir o pacto democrático da nação brasileira.
Com relação ao “projeto” de redemocratização, posso apontar que o governo Sarney alcançou uma vitória com a aprovação da Constituição de 1988. A nova Carta Magna do país foi uma vitória importante no campo político e conseguiu varrer com diversos mecanismos que sustentaram o regime autoritário. O fim da censura, a livre organização partidária, o retorno das eleições diretas e a divisão dos poderes, são apenas algumas das conquistas.
Do ponto de vista formal, o país finalmente abandonava o período ditatorial.
Quando observamos a atuação do governo Sarney na esfera econômica, à euforia seguiu de uma pane no setor de produção e a falta de produtos de primeira necessidade.
Valendo-se do tabelamento de preços, o plano conseguiu realizar uma tímida distribuição de renda e promoveu o aumento do consumo da população.
Ao longo do governo, diversos planos tentaram realizar outras manobras de recuperação da economia brasileira. Contudo, tais ações não conseguiram frear os índices inflacionários exorbitantes. Dessa forma, as eleições de 1989 entraram em cena com a expectativa da escolha de um "candidato" eleito pelo voto direto, que pudesse resolver as tensões econômicas e sociais que tomavam os quatro cantos do país.
Frases de José Sarney
Sou apenas um menino do Maranhão que o destino disse: vai José, ser Presidente.
Governo é como violino. Você o toma com a esquerda e toca com a direita.
Um plano econômico tem que ser criado em fogo baixo, e não no fogaréu do inferno.
No Maranhão, depois dos 50 (anos) não se pergunta a alguém como está de saúde. Pergunta-se onde é que dói.

http://www.brasilescola.com/historiab/jose-sarney.htm#"

1985. A Democracia. Tancredo Neves - José Sarney

Tancredo Neves
“Aceitou o desafio de se candidatar à Presidência da República e, com o apoio de Ulysses Guimarães venceu as eleições, sendo eleito o primeiro Presidente civil em mais de 20 anos, no dia 15 de janeiro de 1985.
A posse estava prevista para o dia 15 de março mas, na véspera, Tancredo foi internado no Hospital de Base, em Brasília, e José Sarney tomou seu lugar interinamente.
Depois de sete cirurgias, veio a falecer em 21 de abril de 1985, aos 75 anos de idade, vítima de infecção generalizada.”

lunes, 25 de abril de 2011

1964-1985. Ditadura Militar

Euforia econômica. Euforia no futebol. Violência. Censura.
Briga contra a Ditadura

Ciclo da soia (desde 1970)

1964-1985. Ditadura Militar
1985 Democracia

O novo produto impulsionou a economia de exportação e foi introduzido a partir de sementes trazidas da Ásia e dos Estados Unidos de América. O modelo adotado para o plantio de soia foi a monocultura extensiva e mecanizada, provocando desemprego no campo e alta lucratividade para um novo setor chamado de “agronegócio”
O crescimento da cultura da soia se deu às custas da "expansão da fronteira agrícola" na direção da Amazônia, o que por sua vez vem provocando desmatamentos em larga escala com a conseguente mudança no clima, na vegetação, na distribuição das pessoas, a migração de animais ocasionando a crise da agricultura familiar e o desalojamento em massa de lavradores. Surgindo os movimentos de “SEM-TERRA“ (MST; MTL, via Campesina).
Os lucros jamais pensados empobreceram a milhões de pessoas. Toda a economia concentrava as rendas...

viernes, 15 de abril de 2011

1964-1985. Ditadura Militar O “Milagre econômico” (1969-1973)

Na década do 60 o progresso e a diversificação, geraram mais diversidade e desenvolvimento, o país integrou-se. Essa integração do território se fez ao redor da capital.
Brasília era o pólo geográfico mais não tiveram em conta que São Paulo era o pólo econômico? Em torno a São Paulo se organizavam as novas indústrias e se ampliaram ao eixe São Paulo- Rio, onde muitas se instalaram.
Alguns setores emergiam desse cenário com capacidade de produção superior e o mercado interno não era capaz de absorver tudo.
A própria estrutura financeira do país, na qual predominavam os bancos comerciais de crédito a curto prazo, não estava preparada para atender às demandas de financiamento exigidas pelo setor industrial.
Apesar das dificuldades que se anunciavam, a modernização avançava.
Desde a metade da década de 60 até o começo da década de 70, predominavam os índices econômicos positivos. Isso facilitava para o governo a tarefa de justificar as medidas antidemocráticas, coincidentemente, a vitória na Copa de 1970 dava ao brasileiro a certeza de que “ninguém segura este país”.
As medidas da época foram drásticas, flexibilizou-se a economia dando maior apoio às empresas privadas, os contratos do pessoal tiveram mais liberdade, porém, os trabalhadores tiveram menos.
O Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, um crescimento acelerado da indústria que gerou empregos e aumentou a renda de muitos trabalhadores. Tiveram, porém, no país industrializado mais ampliação da concentração da renda.
O milagro económico esteve ligado aos investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país.

Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi, mas, o crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro.
Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
Como a industrialização ocorreu, principalmente, no eixo Rio-São Paulo e atraiu para essa região a imigração interna dos mais pobres do país, principalmente o Sertão Nordestino, procurando emprego, multiplicaram se as favelas, concentraram-se os pobres, a mão de obra excedia às vagas de empregos e baixavam os salários. Os trabalhadores perderam poder adquisitivo e empobreciam, manifestavam seu descontento originando violência social que foi contida pela força militar.
A teoria? "fazer crescer o bolo, para dividir depois".
Começou a crise do petróleo e a recessão mundial, os fatos interferiram na economia no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuíram.

Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/livro50anos/Livro_Anos_60.PDF

viernes, 8 de abril de 2011

1964-1985. Ditadura Militar

Época de proibições e proibidos. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.

Pode se definir a Ditadura Militar como o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
O governo militar tinha o poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República. A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram extintas ou sofreram intervenções do governo. A mídia e as manifestações artísticas foram submetidos à censura.
Na década de 1960 iniciou-se também, um período de grandes modificações na economia do Brasil, de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e de endividamento externo.
As liberdades políticas se restringiam uma vez mais e a ação dos partidos políticos se tornava praticamente inexpressiva. O governo militar controlava a reorganização da vida política e pública da nação de modo uma vez mais rígido.
Os políticos, apesar de pertencerem a diferentes tendências, assinaram pactos no exterior (no Portugal, no Uruguai). Nascia, assim, a chamada de“Frente Ampla”: um movimento de ordem civil que não tinha intenções de combater contra as autoridades militares, aceitavam as necessidades que determinaram o golpe, mas buscavam realizar uma ponte que repensasse as relações entre o poder militar instaurado e sociedade civil.
Em 1968, acompanhando com o maio francês, a Passeata dos Cem Mil estabeleceu uma das mais importantes manifestações contra a radicalização do regime. A partir desse momento, falar em nome ou a favor da “Frente Ampla” se tornou um ato criminalizado pelo regime militar.
A guerrilha urbana começou a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltaram bancos e sequestraram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
Uma lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da guerrilha, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças da repressão em São Paulo. A guerrilha rural ganhará força no campo.
Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Anuncia-se a abertura política lenta, gradual e segura mas os militares duros começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda morrendo muitos deles.
Finalmente se decreta a lei de amistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os partido voltam a funcionar dentro da normalidade foi criado Partido dos Trabalhadores (PT)
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. A oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano.
Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves.
Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição. Era o fim do regime militar.
Governos:
CASTELLO BRANCO (1964-1967)
COSTA E SILVA (1967-1969)
DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
MEDICI (1969-1974)
GEISEL (1974-1979)
FIGUEIREDO (1979-1985) 

jueves, 31 de marzo de 2011

31 de março 1964-2011 Aniversário do Golpe Militar

Sem esquecimento, sem perdão, sem temor

Selecionado do artigo de Valter Pomar (membro do Diretório Nacional do PT)
"O golpe de 1964 foi executado por uma coalizão cívico-militar. Os militares foram o partido armado do grande empresariado, do latifúndio e dos capitais estrangeiros.
Não é apenas passado, nem foi só obra de generais hoje aposentados e mortos. Quando um deputado diz ter saudade da ditadura, quando um candidato presidencial se alia a generais de pijama e a organizações de ultra-direita, quando um ditador é homenageado por uma turma de formandos de uma escola militar, quando um ministro diz que a Anistia impede a justiça de apreciar crimes contra a humanidade, não estamos diante de saudosismos inconsequentes. Estamos vendo e ouvindo uma parte da elite brasileira dizer o seguinte: quebramos a legalidade e algum dia poderemos voltar a quebrar"
….......
O golpe de 1964 foi a resposta dada por uma parte da elite brasileira, contra um governo progressista. Foi uma das batalhas da guerra travada, ao longo de todo o século XX, entre as vias conservadora e progressista de desenvolvimento do capitalismo brasileiro.
….....
E que ninguém ache que golpes são coisas do passado. Honduras, bem como as tentativas feitas no Equador e Venezuela, Bolivia e Paraguai, mostram que os Estados Unidos e parte expressiva das elites locais têm uma visão totalmente instrumental da democracia. E o reacionarismo atual de parte das chamadas classes médias não deixada nada a dever frente aquele que mobilizou, em 1964, as marchas com Deus, pela Família e pela Propriedade que possibilitaram o derrocamento do governo democrático.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17629

martes, 29 de marzo de 2011

Os golpes de Estado na América Latina

Os golpes de Estado em América Latina foram gestados em tempo anterior, no enquadramento da “Guerra Fria”, entre os Estados Unidos da América e a União Soviética.
Se bem o início da guerra fria data de 1947, as tensões entre as duas potências marcou a América Latina onde começaram movimentos populares e depois enfrentamentos.
O punto de início pode se marcar na “Revolução Cubana” em 1959 que inspirou os movimentos que buscavam mediante a guerra de guerrilhas instalar governos socialistas na região. Não esquecer que no Vietnã, na Argélia em outros lares usaram também esse método.
A força que tinham tomado os movimentos guerrilheiros, as mobilizações populares em protesto pela situação econômica que empiorava no dia a dia, inspiraram aos Estados Unidos o “Plano de contra-insurgência”, eles viam ameaçada a hegemonia na região.
Miles de policiais e militares foram trenados na “Escola das Américas” para fazer tarefas anti-guerrilheiras. No plano incluiu também o apoio a governos militares que ofereciam “mais controle e mão de ferro”.
Nas décadas de 60 e 70 tinham ditaduras:
O Chile, a Argentina, o Uruguai, o Brasil, o Paraguai, a Bolívia, a Venezuela, a Honduras, intervenções no Salvador, no Haiti, na Panamá, na Colômbia.
Recorreram a utilizar métodos sangrentos e pouco legais para derrocar aos governos e instalar ditaduras e até um novo vocabulário popular, apoiaram-se no “ordem”, na “família” e sobretudo nas direitas locais.
E seguirei com o Brasil...

miércoles, 23 de marzo de 2011

Jânio da Silva Quadros. João Goulart (1961-1964)

A constante imigração interna pelas diferenças nas condições de vida regionais e os bolsões de miséria fizeram que nas eleições o general Henrique Teixeira Lott, candidato de Juscelino, fora derrotado.
Jânio da Silva Quadros ganhara as eleições com o símbolo de uma vassoura para “varrer a corrupção”, ele assumiu em janeiro de 1961. Herdou um alto índice de inflação uma dúvida externa de quase 4 bilhões de dólares.
Os esforços seriam extraordinários, modificou a política cambial retirando subsídios para as importações do trigo, combustíveis e outros artículos essenciais. Congelou os salários. A política teve o aval do FMI. O Brasil conseguiu um novo empréstimo.
As empresas de pequeno e médio porte estavam seriamente afetadas, entretanto, os trabalhadores protestavam por os aumentos do pão e do transporte provocados pelo retiro dos subsídios.
Os mesmos que o votaram se manifestavam nos protestos.
Na política exterior tentou ser independente buscou se relacionar com os países do mundo socialista e manifestou-se contra o bloqueio a Cuba e contra o colonialismo na África.
O objetivo era ampliar os mercados para aumentar as exportações.
Jânio mostrava assim as contradições.
Os Estados Unidos sentiram-se agredidos pelas relações com países socialistas principalmente com Cuba e o líder da Revolução Cubana, o argentino Ernesto “Che” Guevara”, era condecorado no Brasil.
A oposição anuncia que Jânio dará um golpe, então ele apresenta a renuncia.
Ele esperava que não seja aceita? A renúncia foi aceita e ninguém se mobilizou em seu favor.

A renúncia de Jânio deixou ao país à beira do caos e de uma guerra civil, entanto, o governo vivia uma crise de representação. A Constituição indicava que o sucessor era o vice-presidente, embora, a oposição opunha-se. Greves, insubordinação nos quartéis, centenas de prisões se sucediam, então, o Congresso adotou o Parlamentarismo e o vice-presidente João Goulart chamado de "Jango" aceitou a posse com sistema parlamentarista e assumiu o 7 de setembro de 1961. Ele seria chefiado pelo primeiro ministro.
João Goulart, assumiu a presidência num clima político tenso. Seu governo foi marcado pela abertura às organizações sociais, enquanto, a economia deteriorava-se rapidamente. A sociedade passava por dificuldades.
A reposta foi a conhecida, congelar salários, limitar os créditos, conter os gastos públicos. Medidas antipopulares que prejudicavam aos trabalhadores e garantia os lucros dos empresários e mais uma vez foi eliminado o subsídio ao trigo e ao petróleo e o custo de vida disparou.
Goulart com apoio do Congresso e a classe operária conseguiu um plebiscito onde se votou pela volta ao presidencialismo mas se entrou num círculo: greves, aumento salarial, mais inflação, e iniciavam outra vez as greves.
Decretou a nacionalização das refinarias de petróleo e assinou a reforma agrária, as camadas populares o apoiaram, mas a direita, apoiada pelos militares preparava o golpe.
Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço no cenário político brasileiro, preocupando às classes conservadoras. Empresários, banqueiros, a Igreja Católica, militares e a classe média que, em plena Guerra Fria, acusaram a Goulart de estar planejando um golpe esquerdista e de ser o responsável pelos problemas que o Brasil enfrentava na época.
Os movimentos populares apoiavam incondicionalmente a proposta presidencial enquanto uma passeata anticomunista em São Paulo, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, onde participaram umas 300 mil pessoas contra as intenções de João Goulart, indicava que o final estava perto.
O país estava ameaçado pela crise econômica e política, entanto, Jango perdia a sustentação política e só era contradições e incertezas.
A crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia.
Membros das Forças Armadas, com o apoio estratégico norte-americano, e as elites nacionais orquestrando desde o jornal “O Estado de S Paulo” começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart
No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas.
Evitando uma guerra civil, Jango deixou o país, refugiando-se no Uruguai.
Os militares finalmente tomaram o poder

A vida de João Goulart



http://www.brasilescola.com/historiab/golpe-militar.htm
História do Brasil. Francisco de Assis Silva

sábado, 19 de marzo de 2011

Juscelino Kubitschek de Oliveira

Seu apelido foram suas iniciais JK
Nasceu o 12 de setembro de 1902 e morreu em um acidente pouco claro, ao bater seu carro, o 22 de agosto de 1976.

Juscelino Kubitschek (1956-1961)

O vice-presidente, Café Filho, que assumiu a presidência depois do suicídio de Vargas foi cercado por forças conservadoras. Em 1955 venceu nas eleições o candidato da coligação PTB-PSD Juscelino Kubitschek e o vice-presidente foi Goulart, as forças getulistas estavam vivas. Mais as forças derrotadas antigetulistas tentariam impedir a posse dos eleitos falando que tinham tido apoio dos comunistas e de pessoas de baixa condição social. O general legalista Henrique Teixeira Lott deu um contragolpe, entregou-se a presidência ao presidente do Senado que deu posse aos eleitos em janeiro de 1956.
A pesar das ameaças no princípio de seu governo Juscelino Kubitschec logrou terminar seu mandato. Teve capacidade para manobrar as diferentes forças políticas e evitar a confrontação. Conseguiu que as forças armadas tivessem um lugar de destaque no Estado, ocupando altos postos no Conselho Nacional do Petróleo, em Petrobrás, etc. Não fizeram mudanças significativas na área trabalhista, teve uma política industrialista e de crédito fácil. Tinha controle dos sindicatos e conseguiu o apoio da classe operária. As greves ocorriam porque o aumento dos salários não alcançava ao aumento do custo de vida, o crescimento das rendas não era igual para os empresários e para os setores populares. As classes médias estavam satisfeitas por conseguir bens de consumo. Os intelectuais tiveram lugar em esclarecer à opinião pública. Por ter maioria no Congresso Nacional as leis eram aprovadas.
O governo foi de relativa liberdade política e sem persecuções.

“50 anos em 5”
O extraordinário crescimento industrial foi o responsável da estabilidade política. A Revolução Industrial, se consolidou entrando capital estrangeiro e desnacionalizando a economia. Conseguiram-se recursos privados para as indústrias básicas e empréstimos estrangeiros para o qual adotaram uma política cambial que favorecia esse tipo de investimentos. As empresas locais se associaram às estrangeiras.
Novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobrás na economia brasileira.
O “Plano de Metas” abarcou Transporte, Energia, Indústria, Educação e Alimentação. A meta-síntese foi a construção de BRASÍLIA confiada ao arquiteto Oscar Niemeyer e ao urbanista Lúcio Costa.
Em 1959 resolveu romper com o FMI para não conter os salários com a inflação de 31 % anua, e não pôr fim aos subsídios do petróleo e trigo. A medida foi celebrada com manifestações de apoio.
Nesse período também houve uma grande produção cultural na literatura, nas artes plásticas, nas cênicas, no cinema, na música popular.
O país entrou numa nova era.
A constante imigração interna pelas diferenças regionais e os bolsões de miséria fizeram que nas eleições o candidato de Juscelino, o general Henrique Teixeira Lott, fora derrotado. Ganhara as eleições com o símbolo de uma vassoura para “varrer a corrupção”Jânio da Silva Quadros.







Brasília
Catedral ........................................... A Ponte Juscelino Kubitschek (Ponte JK)

Música: “Chega de Saudade” por João Gilberto (Bossa Nova)

sábado, 12 de marzo de 2011

O retorno de Vargas 1951-1954

O retorno de Vargas, em 1951, simbolizava o retorno do populismo e do trabalhismo, enquanto a dependência dos Estados Unidos o dificultava. Sem romper com o capital estrangeiro assumiu o nacionalismo econômico, associando os dois capitais. Foi estimulada a industrialização favorecida pela política cambial que favorecia a importação de matérias primas e desfavorecia a importação de bens de consumo.
A criação de PETROBRÁS foi a grande obra do nacionalismo político-econômico de Vargas, fundada o 3 de outubro de 1953.
Em 1951 enviou ao Congresso um projeto de lei que estabelecia o monopólio estatal sobre a perfuração e o refino do petróleo a través da empresa de capital misto com maioria de ações estatais. Esse projeto gerou polêmica entre os populistas e a oposição, apoiados abertamente pelo governo norte-americano.
Um movimento envolveu o espírito nacionalista de setores da sociedade. Finalmente em 1953 foi sancionada a lei. Nos três primeiros anos produziu três vezes mais que desde o ano 1939 que foi o primeiro poço.
A concequença foi uma campanha de difamação e tensões sociais. Getúlio denunciava os excessivos lucros, acusara de fraudarem o faturamento.
As reações do Banco Mundial e dos Estados Unidos de América não se fizeram esperar. Negaram novos empréstimos, o Brasil perdia credibilidade. Provocaram inflação alta, o custo de vida tinha proporções insuportáveis. As tensões sociais eram cada vez maiores, os operários se agitaram e os dirigentes não conseguiram parar a greve.
O ano 1954 começou com protestos dos trabalhadores.
A maioria da imprensa, os partidos de direita, os militares antigetulistas lançaram a idéia que o salário seria duplo, se agitaram os oficiais jovens que tinham baixos salários e não seriam aumentados.
Goulart, o ministro, teve que anunciar esse aumento e Getúlio o demitiu. Goulart era o alvo dos antigetulistas e sem ele, começaram as pressões ao governo.
Vargas foi acusado de ladrão, corrupto e de ter feito um pacto com os governos da Argentina e do Chile em contra dos Estados Unidos de América.
Um atentado pus em perigo a vida de um líder da oposição e morrera seu acompanhante. Uma pessoa do palácio esteve envolvida (Gregório Fortunato), exigiram a renúncia de Vargas quem tenta contemporizar mais os militares se mostraram intransigente.
Getulio se suicidou de um tiro no coração, deixando uma carta testamento.
O suicídio levou massas às ruas em violentos protestos, a polícia era impotente, os golpistas foram obrigados a retroceder.
Salvou-se o populismo e assumiu o vice-presidente Café Filho. Em 1955 venceu nas eleições o candidato da coligação PTB-PSD Juscelino Kubitschec e o vice-presidente foi Goulart, as forças getulistas estavam vivas.

Imagem da campanha o petróleo é nosso. Getulio vargas

jueves, 10 de marzo de 2011

1945-1950. O retorno de Vargas

Depois da derrubada de Getulio, o poder foi entregue a José Linhares quem alterou o código eleitoral e as eleições seriam só para presidente da República. O Congresso Nacional se transformaria em Assembléia Constituinte.
O Brasil pertenceu aos aliados junto à Rússia comunista, as forças conservadoras foram obrigadas a aceitar essa realidade pela conjuntura mundial, e por primeira e única vez o partido Comunista apresentou candidato próprio surgido por acordo.
As mesmas forças que derrubaram a Getúlio que representaram as elites proprietárias, eram as que mudaram em “forças democratas”.
Nas eleições vencera Eurico Gaspar Dutra, com apoio de Getúlio Vargas que mandara votar em ele ao PTB. Obteve mais de 55% dos votos.
Getúlio que se candidatara a deputado em cinco estados e a senador por dois ganhara em todos.
Promulgaram a nova Constituição que conservava a antiga estrutura da propriedade da terra e buscava manter a classe operária sob controle. Assegurava o direito à greve, mas limitado pela Justiça do Trabalho.
A política de esta Constituição era de liberalismo econômico, ingressaram muitos bens manufaturados do exterior o que foi desastroso para o país. Entraram maquinários, equipamentos, entanto as exportações eram dificultadas pelo valor do cruzeiro. O achatamento salarial, a inflação, a interferência do Banco Mundial foram uma constante. A economia começou a depender dos Estados Unidos de América.
Foi consumida toda a reserva de ouro acumulada na época de Vargas.
O governo que tinha tido o apoio das forças trabalhistas, assentava-se nas elites que não admitiam a crescente participação dos trabalhadores, a massa trabalhadora buscava autonomia do Estado. Os conflitos começaram.
O crescimento do eleitorado urbano e operário promovia o fortalecimento dos partidos de tendências populistas.
O PTB liderado por Getúlio e o Partido Social Progressista (PSP) liderado por Ademar de Barros tinham o grosso das forças, se uniram e foi eleito Getúlio em 1950 com quase o 49 % dos votos.
A imprensa começara uma campanha difamatória liderada pelos candidatos não trabalhistas que queriam impedir a posse de Vargas.
Vargas fez alianças (com a UDN) que o debilitaram porque defendiam a desnacionalização vinculando a economia com empresas estrangeiras, enquanto ele dizia defender o “capitalismo nacional”.
O retorno de Vargas simbolizava o retorno do populismo e do trabalhismo, conforme a dependência dos Estados Unidos o fizer possível.
Sem romper com o capital estrangeiro assumiu o nacionalismo econômico, associando os dois capitais.
Foi estimulada a industrialização e protegida pela política cambial. Favorecia-se a importação de matérias primas e desfavorecia-se a importação de bens de consumo.

Fotografia: Pierre Verger, Bahia Navegantes 1949
Imagem: Carybé, Capoeira

martes, 8 de marzo de 2011

Ciclo do Petróleo na era Vargas

O petróleo, em razão de ser usado como combustível, possui uma grande relevância para a vida, Quando o Brasil alcançou a auto-suficiência se liberou da dependência dos países vendedores, principalmente de Oriente Meio.
Nos tempos do regime imperial já se registrara a existência do petróleo, mais foi em 1930 com base em relatos do povo que se teve a informação de que em um bairro suburbano de Salvador as pessoas utilizavam uma “lama preta” como combustível de suas lamparinas.
Realizaram testes e experimentos mais não tinham dinheiro para investirem na descoberta e na extração do recurso encontrado.
Em 1932 se entregou ao presidente Getúlio Vargas um laudo técnico que atestava o achado e uma série de medidas institucionais do governo brasileiro para protegerem a descoberta.
Em 1938, a discussão sobre os recursos do subsolo brasileiro viabilizou a criação do Conselho Nacional do Petróleo que determinou várias diretrizes com respeito ao petróleo e determinou que as jazidas pertencessem à União.
No ano seguinte, o primeiro poço de petróleo foi encontrado no bairro de Lobato. Em seguida, se buscaram outros campos de petróleo ao longo do território.
No ano de 1941, o governo brasileiro anunciou o estabelecimento do campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia. As descobertas foram em pequena escala Anos depois se incentivará essa descoberta.

Imagem: Poços petrolíferos.
http://www.brasilescola.com/

sábado, 5 de marzo de 2011

Estado Novo 1937-1945

A Constituição outorgada por Getulio foi chamada de Polaca por alguns historiadores por seu conteúdo mesclando elementos europeus. Nela se suprimia as autonomias dos estados e o governo tinha o poder de dissolver o Congresso, as Assembléias, substituir governadores, nomear interventores, controlar as Forças Armadas e concentrar o poder.
Desapareciam as liberdades individuais e as garantias constitucionais. Pelo estado de emergência o governo podia invadir até domicílios.
Com a política econômica começou uma nova dinâmica de acumulação de capital: A INDUSTRIALIZAÇÃO e com a política de valorização do café evitou o desemprego em massa.
O Movimento Integrista planejou um golpe que foi rechaçado e contribuiu a reforçar o governo de Vargas.
No Estado Novo se exaltaram todas as atribuições da etapa anterior.

Imagem: Mãe brincando com seu bebê. Carybé.

A situação mundial era de conflitos sociais e radicalização ideológica, de ditaduras assassinas de direitas e de esquerdas. Na União Soviética a ditadura de Stalin, na Alemanha, a de Hitler.
No Brasil, os Sindicatos se transformaram praticamente em um órgão do governo; foi criado o imposto sindical pagado por todos os trabalhadores e se consolidaram as Leis do Trabalho regulando os relacionamentos entre patrões e trabalhadores. Exaltaram-se os sentimentos nacionais (muito característico na arte e a literatura), seu objetivo foi o desenvolvimento social e econômico em um quadro de independência externa e fortalecimento do Estado. O ingresso ao funcionarismo só seria possível por concurso.
O apoio se buscava através da educação, se divulgava a cultura brasileira por escritos especiais. Nas escolas se estimulavam valores como a nacionalidade, o vigor físico, o trabalho, a moralidade. Cinema, rádios, livros, arte, tudo era utilizado para esses fins. Tiveram um órgão responsável pela censura e pela propaganda... Muitos intelectuais estavam alinhados nas mesmas idéias, outros emigraram. Os comunistas foram perseguidos, os livros opositores queimados.
A pesar do “autoritarismo” a produtividade intelectual não foi eclipsada.

Em 1941 Estados Unidos de América entrara na guerra, para eles a participação do Brasil era fundamental ao lado dos aliados. O Brasil era apropriado para a instalação de bases militares por seu vasto litoral estratégico.
Vargas tardou em se definir, era consciente que o Brasil não viveria sem os Estados Unidos, tinha contraído empréstimos e, em troca tinha assinado que eles poderiam instalar bases. Finalmente o Brasil declarou a guerra e em junho de 1944 começou a participar ativamente com forças.
O país lutava também pela democratização.
Várias passeatas de estudantes exigiam a democratização apoiados por uma parte dos militares. Os advogados polemizavam publicamente por meio de sua organização. Os fazendeiros, banqueiros, políticos assinaram um Manifesto. Figuras importantes das forças Armadas começaram a fazer pressão. Em 1945, no Primeiro Congresso Brasileiro, os Escritores lançaram um manifesto.
Vargas fixou data para eleições por pressão externa, principalmente de Estados Unidos de América. Concedeu anistia política e se organizaram os partidos políticos.
Surgiu o partido governista composto principalmente pela elite rural, trabalhadores e sindicalistas, o Partido dos Trabalhistas Brasileiros (PTB) um partido de massas. Outro partido político favorável à continuação de Vargas no governo, foi o conhecido como Queremismo.
Crio se um golpe apoiado pelas forças de direita e os militares que obrigou a Vargas a renunciar o 29 de outubro de 1945.
Foi o fim do Estado Novo.

Saiba mais sobre a Segunda Guera Mundial. Falam os protagonistas no documentário “Senta a Pua” dirigido por Erik de Castro feito em 2000.
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2010/10/guerra.html

miércoles, 2 de marzo de 2011

Revisão do Marco político-histórico para o enquadramento da economia. Ascensão de Getulio Vargas.

Período 1930-1937
Na República Oligárquica, a sociedade brasileira estava submetida a um sistema político que impedia a participação. As perdas pela queda do preço do café eram “socializadas”, a inflação tornava instável o dia a dia. A economia estava estruturada como agroexportadora ainda tinha crescido a indústria, principalmente durante a Primeira Guerra Mundial, e tinham surgido grandes fábricas com muitos operários.
As oligarquias dominantes manipulavam os votos rurais,
As contradições com os interesses dos operários gestados na industrialização fizeram que começaram as reclamações. O custo de vida era muito alto e alguns convidavam ao povo a saquear o comercio explorador.
As classes médias urbanas ainda com falta de unidade ideológica, compunham uma força que se opunham ao governo oligárquico, ainda não fossem revolucionárias contribuíram como força de pressão e com visão mais crítica, desgastaram o regime.
Tudo estava preparado para a Revolução de 1930.
As eleições foram fraudulentas. No Rio Grande do Sul que tinha entrado no cenário político nacional, foi onde estourou a revolução.
Os militares tentaram manter-se no governo mais sob pressão foram obrigados a entregá-lo a Getulio Vargas.
A ascensão de Getulio foi com apoio da burguesia industrial que tinha interesses diferentes à cafeeira pondo fim à hegemonia delas.
Para essa nova oligarquia era imprescindível que o Estado acabasse com as lutas dos trabalhadores, assim imprimeram as caraterísticas ao novo governo.

Caraterísticas do governo de Getulio Vargas

Em 1934 se promulgou uma constituição, ressalto uns artículos:
O estado tinha direito a monopolizar determinadas indústrias.
Nacionalização progressiva dos bancos, dos depósitos e das empresas de seguros.
Nacionalização das águas e das riquezas minerais.
Jornada de trabalho de oito horas.
Descanso semanal obrigatório e remunerado.
Férias remuneradas.
Assistência e licença remunerada às gestantes.
Proibição de trabalho aos menores de quatorze anos.
Indenização por dispensa sem causa justa.
Garantia da independência dos sindicatos.
Voto segredo.
O governo virou personalista, nacionalista, populista, com personificação mítica de Getulio, efectiva participação das massas e soberania do Estado sobre o conjunto da sociedade.

Imagem:
Operários (1933)

Tarsila do Amaral (Capivari, São Paulo, 1886-São Paulo, 1973)

sábado, 26 de febrero de 2011

1930. Choque de interesse entre as oligarquias. A Revolução é iminente.


Enquadramento da economia. Síntese: 1889 e 1930

Em 1889 duas forças poderosas convergiram, o Exército e os Fazendeiros do Café. O desmoronamento do Império foi inevitável, a República era um desejo de vastos setores sociais. Respondendo à inquietude coletiva e comandando tropas, o Marechal Deodoro Fonseca invadiu o recinto onde estavam os monarquistas e depôs ao primeiro-ministro Ouro Preto. Assim, sem lutas e sem participação do povo, foi proclamada a República o 15 de novembro de 1889. A proclamação não significou um rompimento no processo histórico.
A estrutura econômica seguiu tendo por base a agroexportação, o país permaneceu na dependência do capital e dos mercados internacionais. Não se tinham produzido alterações sociais, a massa de trabalhadores continuou marginalizada.
Os presidentes se sucederam em alternância, Mina Gerais e São Paulo, pelas burguesias dominantes. Conhece-se esta etapa como a “Política do café-com-lete”.
Foi época da ascensão das oligarquias e as reivindicações das camadas populares não encontravam eco. A concentração da produção num número pequeno de grandes indústrias com muitos trabalhadores, gerara conflitos, mais também capacidade de penetrar com a produção nos principais mercados do país e no estrangeiro devido também a que aconteceu a primeira guerra mundial. As ventas se incrementaram. Ao crescer industrialização tomava força a oligarquia industrial e entraria em contradições com a cafeeira.
Comparando o período monárquico e o período da República Velha, a economia sofre uma queda e seriam necessários muitos anos até retornar aos tempos do Império.
O regime oligárquico cafeeiro se sustentava na manipulação do voto da população rural, com a industrialização e o crescimento da população urbana, surgiram novas forças políticas e perderam o poder. Essas forças se tornaram de contestação ao velho regime.
Na realidade tiveram choque de interesse entre as oligarquias.
A crise mundial de 1929 tive efeitos devastadores no Brasil pois era económicamente dependente e obrigou a mudar as diretrizes económicas. As exportações cafeeiras foram reduzidas e se acumulavam estoques e se reduziu o preço aos quartos (de 4 a 1 libra). Também se reduziram as exportações de algodão, cacau, borracha e com eles a capacidade de compra de produtos industrializados. Muitos hipotecaram ou venderam suas fazendas, os salários caíram mais do 50%. Muitos desempregados migraram para as cidades. Nesse quadro se deu a ascenção de Getulio Vargas.
Em 1930 foi a revolução que resultou na ascensão de Getulio Vargas com apoio da burguesia industrial.

Cándido portinari (Café)

jueves, 24 de febrero de 2011

O Brasil e sua economia. Ciclo do café na República Velha. 1889-1930 Nota 7

O traço mais saliente dessa primeira fase republicana encontra-se no fato de que a política esteve inteiramente dominada pela oligarquia cafeeira, em cujo nome e interesse foi exercido o poder.
Conhece-se este período como a política do café-com-leite pela alternância no governo de mineiros e paulistas.
Os presidentes foram treze, civis fortemente influenciados pelo setor agrário dos estados de São Paulo – cafeeiro- e Minas Gerais - maior pólo eleitoral do país da época e produtor de leite.

Ciclo do café

A economia cafeeira foi o grande motor da economia brasileira desde a segunda metade do século XIX até a década de 1930. O Brasil tinha o controle sobre grande parte da oferta mundial e podia controlar os preços do café nos mercados internacionais obtendo assim lucros elevados.
No Brasil, país abundante em terras disponíveis para a agricultura e com mão-de-obra sub empregada, os lucros obtidos incentivavam as diferencias sociais. O crescimento dependia fundamentalmente do crescimento populacional dos países consumidores, tinha-se uma situação de crescimento da oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência estrutural de baixa de preços no longo prazo.
As políticas governamentais de valorização do café, em 1906, consistiam basicamente na compra, por parte do governo federal, dos estoques excedentes da produção de café, no curto prazo, essa política ajudou a sustentar os preços internacionais do produto, sustentando a renda dos exportadores. Porém, a médio e longo prazo, essa política deu uma posição de favorecimento do café sobre os demais produtos brasileiros de exportação, além de inflar artificialmente os lucros do setor o que estimulava novas inversões de capitais na produção,
A crise internacional de 1929 exerceu imediatamente um duplo efeito na economia brasileira: ao mesmo tempo em que reduziu a demanda internacional, pressionando seus preços para baixo, impossibilitou ao governo brasileiro absorver os estoques excedentes de café, devido ao colapso do mercado financeiro internacional (pelos empréstimos que tinha que tomar para fazê-lo).
O governo não poderia deixar aos produtores de café a sua própria sorte e vulneráveis aos efeitos da grande crise; o custo político de uma atitude como essa seria impensável para o governo de Getúlio Vargas no início da década de 1930.
Por isso, a partir deste período, o Estado brasileiro passou a desempenhar um papel ativo na economia nacional.

Depois de 1930 o Estado brasileiro passou a desempenhar um papel ativo na economia nacional.

viernes, 18 de febrero de 2011

Revisão do marco político-histórico para o enquadramento da economia. (1900-1930)

A população se mistura, centros urbanos. Os afavelados.
Na Europa do final do século XIX, os conceitos de superioridade racial dos brancos tinham prestígio. (1)
O pensamento da época adotou essas "teses científicas" para defender o “branqueamento” da população como fator necessário para o desenvolvimento do Brasil. Fazendo estas considerações, vemos que a imigração não era considerada somente um meio de suprir a mão-de-obra necessária na lavoura, ou de colonizar o território nacional coberto por matas virgens, mas também como meio de "melhorar" a população brasileira pelo aumento da quantidade de europeus, isso foi chamado de "branqueamento”.
Tinha valor então, que os filhos tivessem “todos os caracteres físicos da raça branca”.

Seleção dos imigrantes
Em 1890, o presidente Deodoro da Fonseca assinou um decreto que fixava a entrada de imigrantes da África e da Ásia, a mesma dependeria da autorização do Congresso Nacional. O decreto não restringia a imigração dos europeus. A “seleção dos imigrantes” aconteceu em todos os países, outros, restringiram a entrada de imigrantes do sul da Europa (italianos, espanhóis, portugueses, gregos, etc) como em Estados Unidos de América enquanto beneficiavam a entrada de imigrantes do norte da Europa (ingleses, escoceses, alemães, suecos, noruegueses, etc).
A migração japonesa aconteceu no Brasil depois de modificado o decreto (1908) já que tinha diminuído a imigração européia e faltavam trabalhadores.

Imigração interna, urbanização e favelas.

Devemos lembrar que os trabalhos oferecidos aos imigrantes eram trabalhos para pessoas pobres (lavouras do café e mineração) apenas uns poucos se tornaram proprietários e a massa de italianos, espanhóis e portugueses tinha sido mandada às minas ou para as fazendas do café trabalhando nas plantações de terceiros com salários fracos ou como colonos. Eles tiveram maior tendência a se misturar com índios e negros além de outros imigrantes. Em geral, os alemães, suíços, japoneses e chineses ficaram em suas comunidades sem misturas ou simplesmente com algumas poucas misturas e só com outros imigrantes e tiveram melhores condições econômicas. Os imigrantes que em seus países de origem eram tipicamente urbanos se dedicaram ao comércio nas cidades.
As jornadas de trabalho nas plantações eram esgotadoras e as pessoas eram exploradas por parte dos fazendeiros. Milhares de pessoas abandonaram as plantações de café e partirem para as cidades em busca de melhores condições de vida chegaram sem casa e sem trabalho.
Além dos colonos, também imigraram às cidades todos os habitantes sem condições de sobrevivência em as seus regiões de origem (por exemplo, os retirantes do sertão).
A população começou a se misturar, por própria decisão ou por violência exercida pelas pessoas de melhores condições econômicas ou sociais. Em ambos os casos, surgiram diversidade étnica e cultural.
A Imigração urbana deu uma nova fisionomia às cidades industrializadas. Ao chegar os imigrantes europeus trouxeram suas idéias políticas anarquistas, socialistas. Suas idéias do sindicalismo, e começaram as greves operárias em todo o país. (2)

(1) Leia mais no blog: Joseph Arthur de Gobineau (martes 6 de julho de 2010)
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2010/07/joseph-arthur-de-gobineau-1816-1882.html

(2)
Leia mais o blog: http://sociedadepovos.blogspot.com/2010/09/populacao-se-mistura-centros-urbanos-os.html (21/09/2010)