viernes, 11 de febrero de 2011

O Brasil e sua economia. Economia na Era Imperial (1822-1889). Nota 6

Fomento da industrialização

Ao final da década de 1860, dois conflitos armados, a Guerra Civil norte-americana e a Guerra do Paraguai, deram um novo impulso à industria.
Na primeira, a produção de algodão foi interrompida pelo bloqueio, a segunda causou a emissão de moeda e o aumento de tarifas de importação para cobrir os gastos com o conflito. O resultado foi um grande estímulo não só para a indústria têxtil, mas também para outros setores, tais como: a química, do cigarro, do vidro, do papel, do couro, dos instrumentos ópticos e náuticos, etc…
Durante a década de 1870, graças a decadência da região cafeeira do vale do Paraíba e de algumas áreas de produção açucareira, muitos fazendeiros investiram na indústria têxtil de algodão e em outros setores manufatureiros.
A implantação de uma malha ferroviária por todo o território nacional também estimulou o surgimento de novas atividades industriais, principalmente em São Paulo. A indústria naval sofreu um grande impulso neste período.
É a partir da década de 1870 que o processo de industrialização do Brasil se torna constante e revela uma grande expansão.
Em 1880 foi criada a Associação Industrial, atuou no sentido de apoiar novos incentivos industriais e realizar propagandas contra os defensores de um Brasil essencialmente agrícola.
Do capital empregado na economia brasileira até 1884, 9,6% era direcionado a indústria. A partir de 1885, este percentual cresce para 11,2%. Nese mesmo ano se descobre petróleo no sul.
O Brasil do último ano da monarquia era "próspero e respeitado". (1)


Porta de bodega em Recife

(1) Esse capital sofrerá uma abrupta queda no período republicano atingindo 5% entre 1890 e 1894, e revelará uma leve melhora para 6% entre 1900 e 1904.
Seriam necessários muitos anos até retornar aos tempos do Império no fomento da indústria.

2 comentarios:

  1. Parabéns Hilda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Dei uma xeretada e gostei muito do conteúdo, faz muito bem lembrar a História para não cometer os mesmos erros e principalmente saber quando de parecido temos -em várias questões- argentinos e brasileiros.
    Abraço,
    Fabricio

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